A empresa canadense de fertilizantes Brazil Potash propôs dobrar sua capacidade de extração de potássio, atingindo mais de cinco milhões de toneladas por ano em sua unidade de Autazes, interior do Amazonas.
O projeto já foi alvo do Ministério Público em 2016, quando os promotores recomendaram a suspensão da licença porque a tribo indígena Mura não havia sido consultada sobre o projeto.
A ampliação foi discutida essa semana entre os executivos da Brazil Potash em reunião com a ministra da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), Tereza Cristina.
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Ela fez durante essa semana um giro pelo Canadá visitando os principais fornecedores daquele país visando reduzir a dependência do país das importações de fertilizantes da Rússia, Ucrânia e Bielorrússia, países afetados pela guerra e por sanções econômicas.
Se confirmada a ampliação para cinco milhões de toneladas por ano, essa produção atingiria quase metade da necessidade brasileira de potássio.
Esse seria um projeto com duração de cerca de três anos, mas precisa de liberação do licenciamento ambiental para sair do papel – o que é o maior entrave do momento, de acordo com o banco de investimentos Forbes & Manhattan, que é o proprietário do Brazil Potash.
“Nossa opinião é que as sanções impostas à Rússia e à Belarus não terão vida curta”, disse a Brazil Potash em comunicado enviado à agência de notícias Reuters.
A empresa garante que a ampliação da exploração do potássio não implicaria em maior impacto ambiental, pois o sal separado do mineral na planta de processamento de superfície seria devolvido ao subsolo.
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Foto: site notíciasdamineração.com