Caravana da BR-319 vê ponte caída, acidente e muita lama

Sindicalistas de três estado do Norte vão até Brasília pressionar por obras no trecho do meio da rodovia

Antônio Paulo, do BNC Amazonas em Brasília

Publicado em: 03/11/2023 às 16:17 | Atualizado em: 04/11/2023 às 09:44

A caravana da BR-319, que saiu de Manaus nesta quinta-feira (2) rumo a Brasília, já chegou no seu primeiro destino: Porto Velho, capital de Rondônia.

A previsão é que os sindicalistas do Amazonas, Rondônia e Roraima cheguem à capital do Brasil no sábado ou domingo (5).

Mas, no trajeto de mais de 800 quilômetros entre Manaus e Porto Velho, os manifestantes viram de perto a situação da BR-319.

Ainda é possível ver restos da estrutura da ponte sobre o rio Autaz-Mirim, entre os km 23 e 25 da rodovia, no Amazonas, que desabou em outubro de 2022.

De acordo com Carlos Lacerda, coordenador da caravana da BR-319, foi feito um desvio, mas as obras na ponte ainda não foram realizadas.

Já no km 380, próximo do igarapé e da ponte do rio Jutaí, os membros da caravana presenciaram um acidente com um caminhão-baú, que vinha de São Paulo para Manaus.

O veículo vinha transportando gêneros alimentícios, verduras, frutas, hortaliças, quando derrapou e despencou em uma ribanceira. Por sorte, o motorista e a esposa só tiveram ferimentos leves.

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Trecho crítico

“Esse trecho do meio da BR-319, bastante crítico, está há décadas pedindo uma reconstrução para se tornar trafegável com segurança. É o que se pode dizer tranquilamente de local das tragédias anunciadas”, disse Lacerda.

Esse trecho é quase a metade da extensão da rodovia entre o Amazonas e Rondônia.

Segundo ele, durante o dia, em tempo seco, a estrada é só poeira, quase sem visibilidade.

À noite, por conta dos faróis como ponto de referência, a trafegabilidade é um pouco melhor.

No entanto, quando chove, a situação é dramática, a pista escorregadia fica quase impossível transitar.

“Basta ver esse acidente com o cidadão do caminhão-baú. Bastou um pouquinho de chuva, a pista vira um sabão e o risco de despencar na ribanceira é bastante elevado”, afirmou o sindicalista.

Confira o vídeo:

Fotos: divulgação