Casos de dengue, zika e chikungunya caem no AM e risco continua

Mosquito Aedes aegypti transmite zika, dengue e chikungunya Foto: Agência Brasil

Neuto Segundo

Publicado em: 26/10/2018 às 10:31 | Atualizado em: 26/10/2018 às 10:31

De acordo com o Ministério da Saúde, neste ano houve queda de 70% de casos de zika, 65% dos de chikungunya e 20% dos de dengue em todo o Brasil, em comparação com o mesmo período do ano passado.

No Amazonas, as quedas foram de 42% na dengue, 33% em zika e 71,8% em casos de Chikungunya, conforme o Ministério da Saúde.

Apesar da redução no número de casos, a preocupação e os cuidados com o Aedes aegypti continuam deixando a saúde pública em alerta.

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As doenças virais transmitidas pelo mosquito, chamadas de arboviroses, possuem alguns sintomas em comum, como febre exantemáticas, dores de cabeça e manchas na pele.

“Embora possuam sintomas iniciais parecidos, as arboviroses podem evoluir para quadros clínicos mais específicos”, comenta o médico virologista Mário Janini.

Cem mortes em um ano e o risco permanece

As três doenças transmitidas pelo mosquito, juntas, já somam 269 mil casos prováveis e mais de cem mortes, desde agosto de 2017. O médico comenta que é preciso ficar atento, mesmo em períodos de estiagem.

“Os vírus não estão erradicados do país. Mesmo com redução no número de casos, ainda há risco de novas epidemias. O Ministério da Saúde indica que 22% dos municípios brasileiros estão sob risco para novas epidemias de zika, dengue e chikungunya”.

De acordo com especialista, as chances de novos casos podem aumentar a partir de dezembro e janeiro de 2019. “É nesse momento, antes da chegada do verão [no sul do país], que devemos ter cuidado e nos prevenir para que não haja novos surtos no próximo verão”, alertou Janini.

Diagnóstico pelo sangue

Por meio de amostras de sangue é possível diagnosticar as arboviroses transmitidas pelo Aedes aegypti. O gerente do DB Molecular, Nelson Gaburo, explica que os testes moleculares podem detectar a presença do vírus precocemente e de forma precisa.

“A detecção molecular proporciona diagnóstico rápido, sensível e específico, sendo detectado em até uma semana após o aparecimento dos sintomas. Em áreas onde circulam diversos arbovírus, existe a possibilidade de reatividade cruzada, o que pode afetar a resolução dos testes sorológicos. A combinação de testes moleculares e sorológicos contribui para que o resultado diagnóstico seja correto”.

Fonte: Central PressFoto: Agência Brasil