CBA deve captar R$ 120 milhões e gerar R$ 6 milhões de receita até 2027
A meta está estabelecida no anexo do contrato assinado, em Manaus, com o vice-presidente Geraldo Alckmin

Iram Alfaia, do BNC Amazonas em Brasília
Publicado em: 25/07/2023 às 18:31 | Atualizado em: 25/07/2023 às 20:41
Pelo contrato de gestão assinado nesta terça-feira (25), a Fundação Universitas de Estudos Amazônicos (Fuea), que vai administrar o Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), terá de captar da iniciativa privada R$ 120 milhões.
A meta está estabelecida no anexo do contrato assinado, em Manaus, com o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.
O documento fixa ainda outros indicadores a serem alcançados até 2027, ou seja, nos próximos quatro anos.
Para o seu funcionamento, o contrato determina que o ministério vai repassar anualmente ao CBA R$ 11,9 milhões.
Contudo, o grosso dos recursos terão que vir da iniciativa privada. Além de R$ 120 milhões, são exigidos a geração de “receita de R$ 6 milhões com comercialização de produtos, processos e serviços; aplicação de um percentual mínimo de recursos em atividades, processos e projetos finalísticos, em índices crescentes até atingir 40% no último ano”.
A Fuea também terá de desenvolver cinco projetos até o próximo ano e chegar ao número de 30 em 2027.
Nesse mesmo período, a quantidade de usuários líderes de pesquisas em laboratórios subiu de 45 para 60 e o “número de registros ativos de patentes de duas para dez.”
Para isso, o CBA terá de intensificar o trabalho no desenvolvimento de novos produtos e processos que utilizam insumos da biodiversidade amazônica em diversas áreas.
Por exemplo, alimentos e bebidas, fitoterápicos, cosméticos, farmacêuticos, química, biopláticos, nutracêuticos, agrícolas, têxtil, saúde, diagnóstica e de papeis.
Atuação
O centro já atua no desenvolvimento de catalisadores a partir do lodo para produção de biocombustíveis.
Utiliza ainda insumos locais – e mesmo resíduos fabris – para obtenção de bioplásticos, celulose e membranas bacterianas que podem, inclusive, ser transformadas em bebidas probióticas, como o kombucha.
Também trabalha nos processos avançados para obtenção de açaí liofilizado, manteiga de cupuaçu, óleos essenciais obtidos a partir da casca da laranja; produção de corantes naturais a partir de mais de 2.600 espécies de microorganismos da região, que podem ser utilizados em alimentos e cosméticos, bem como para o desenvolvimento de biofertilizantes e biossurfactantes.
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Foto: Divulgação