O risco de colapso no sistema funerário de Manaus durante a pandemia do coronavírus fez o Cemitério Nossa Senhora de Aparecida, zona sul, realizar sepultamentos noturnos.
Na noite desta segunda-feira, dia 27, foram necessários refletores e máquinas para enterrar os corpos, mas nem todos vítimas do novo coronavírus (Covid-19).
No entanto, de acordo com a Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp), que administra os cemitérios da cidade, “não existe modalidade de enterro noturno”.
O que houve no Cemitério Nossa Senhora de Aparecida ontem foi feito para atender a alta demanda do dia de famílias que já aguardavam no local para enterrar seus parentes.
Conforme dados da Semulsp, foram registrados 118 óbitos na capital, durante a segunda-feira, 27.
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Do total de mortes, 31 foram em domicílio e nove famílias optaram pela cremação, sendo realizados 109 sepultamentos.
Entre as causas de morte, dez apresentaram confirmação para a Covid-19, 30 foram registradas como causa desconhecida, mal definida ou indeterminada e outras 47 tiveram no atestado síndrome ou insuficiência respiratória, dentre outros fatores.
Faltam urnas
Outro drama que deve assolar as famílias nos próximos dias é a falta de caixões.
Conforme matéria publicada no site da Band , a Associação Brasileira de Funerárias solicitou ao governo federal um avião de carga para o transporte de duas mil urnas para Manaus.
A entidade diz que o estoque de caixões da cidade não é suficiente se a média de mortes pelo coronavírus continuar crescendo.
O setor pode entrar em colapso e os corpos terão que ser sepultados em sacos plásticos, segundo a associação.
Fotos: Chico Batata/Divulgação