O presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM), Roberto Cidade (União Brasil), quer que o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit) apresente um cronograma trimestral da situação da BR-319.
“Essa é uma forma que o órgão federal tem de prestar contas com a sociedade sobre essa obra, que é um dos grandes anseios da nossa população e desta casa”.
O recado foi dado diretamente ao superintendente do Dnit, Orlando Machado, presente à sessão da ALE nesta terça, dia 12.
Cidade afirmou a Machado que a recuperação da rodovia é bandeira de luta desde seu primeiro mandato, em 2019.
Sobretudo, destacou o deputado, sobre a reconstrução das pontes sobre os rios Curuçá e Autaz-Mirim, que desabaram há mais de um ano e meio.
“Uma obra está avançando e fico otimista que possa ficar pronta em outubro, ou mesmo até o final do ano. Mas, precisamos das duas concluídas para retomar a trafegabilidade pelo menos nesse trecho que já era bastante utilizado pela população”.
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Promessa de Bolsonaro
Conforme Cidade, todos os parlamentares do Amazonas são muito cobrados sobre a rodovia federal que não é concluída desde sua abertura.
“Não só eu, que tenho a origem da minha família no sul do estado, em municípios diretamente afetados pela rodovia, mas todos os deputados são cobrados quanto a isso. Nos primeiros dois anos do meu mandato, assumi como presidente da Comissão de Transportes da ALE-AM e tive a oportunidade de ir pessoalmente a Humaitá, com o então ministro Tarcísio de Freitas [aliado de Bolsonaro que virou governador de São Paulo]”.
De acordo com o presidente da ALE-AM, o governo Bolsonaro prometeu naquele momento asfaltar 52 quilômetros. “E isso não aconteceu”.
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Dinheiro na lama
De outra parte, Cidade disse que a rodovia é usada para desperdício de dinheiro público, sem beneficiar as populações do seu entorno.
“Foi mostrado que já foram investidos 500 milhões de reais e, infelizmente, não temos nem um quilômetro pavimentado de forma adequada. São recursos que estão escorrendo pelo ralo. E quem sofre com isso somos nós, que não temos logística necessária, não temos nosso direito de ir e vir”.
Por exemplo do prejuízo causado ao Amazonas, sobretudo, Cidade disse que o estado sofreu queda de receita com a seca dos rios e a impossibilidade de trafegar pela BR-319.
Foto: divulgação