Clipe ‘O corpo é meu’ reforça luta contra violência à mulher
Produção no Amazonas reúne 60 mulheres e será lançada nesta quarta.

Da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 13/08/2025 às 13:44 | Atualizado em: 13/08/2025 às 13:46
O enfrentamento à violência contra a mulher ganha mais um espaço de expressão com o lançamento do clipe da canção “O corpo é meu”, que estreia nesta quarta-feira (13 de agosto), às 12h (horário de Manaus), no canal do YouTube da artista Joyce Cândido.
A música, composta por Joyce em parceria com Flávio Pascarelli e Guilherme Sá, foi lançada em junho e é inspirada no artigo “O mito da posse: o corpo da mulher não é propriedade”, de autoria da juíza eleitoral Giselle Falcone Medina, do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM).
Segundo Pascarelli, desembargador do Tribunal de Justiça do Amazonas e professor universitário, a leitura do texto motivou uma reflexão sobre o papel da arte na conscientização.
“A música pode ser uma forma sensível e poderosa de levar a mensagem ao coração das pessoas”, afirmou, destacando a força interpretativa de Joyce e a sensibilidade de Guilherme.
A produção do clipe buscou traduzir visualmente o impacto da canção, com roteiro pensado para ampliar o alcance da mensagem e sensibilizar o público.
Para Giselle Falcone, a iniciativa é “um grito coletivo que ecoa por todas nós”, transformando dor em denúncia e inspirando mudança.

A deputada estadual Alessandra Campelo, procuradora especial da Mulher da Assembleia Legislativa do Amazonas, ressaltou que a arte sempre foi ferramenta de mobilização social.
“A música denuncia a nossa dor e ajuda a transformar isso em luta”.
A presidente do Superior Tribunal Militar (STM), ministra Maria Elizabeth Rocha, também elogiou o projeto, defendendo a importância da arte no combate à opressão de gênero e na quebra do silêncio sobre o tema.
O clipe integra o projeto Conexão Rio-Manaus e foi gravado em Manaus, reunindo cerca de 60 mulheres em diferentes funções, da direção ao elenco.
Para Pascarelli, o resultado equilibrou estética e sensibilidade, sem sensacionalismo.
“Afirmar que ‘o corpo é meu’ é um grito de liberdade e respeito”, disse o compositor.

Fotos: divulgação