Contato com subtipos do vírus pode ter diminuído mortes na Amazônia

Hipótese foi levantada pelo epidemiologista Cesar Victora, professor da UFPel e um dos coordenadores do EPICOVID-19-BR, um dos maiores estudos epidemiológicos sobre a prevalência de infecção pelo SARS-CoV-2

Ferreira Gabriel

Publicado em: 28/07/2020 às 21:33 | Atualizado em: 28/07/2020 às 21:33

O contato anterior da população da Amazônia com algum dos subtipos de coronavírus que circulam na região pode ser uma das hipóteses da queda no número de óbitos em algumas cidades da Região Norte. Sobretudo, isso ocorre após atingir 25% de prevalência de infecção pelo SARS-CoV-2.

A avaliação foi feita pelo epidemiologista Cesar Victora, professor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), do Rio Grande do Sul. Ele é um dos coordenadores da pesquisa EPICOVID-19-BR, em debate on-line sobre o Brasil pós-pandemia da COVID-19. Este, portanto, foi realizado no dia 17 de julho durante a “Mini Reunião Anual Virtual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC)”.

Em suma, o evento foi uma versão on-line e reduzida da 72ª Reunião Anual da entidade. Este, aconteceria de 12 a 18 de julho, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em Natal. No entanto acabou cancelada em razão da pandemia de COVID-19.

“Os últimos estudos têm mostrado que já ter tido algum contato com algum coronavírus confere proteção ao SARS-CoV-2, que é uma mutação extremamente letal em comparação com outros coronavírus mais comuns”, disse Victora.

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Foto: Ministério da Saúde/Wikimedia Commons

 

 

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