Costa Neves vai chefiar Comando de Operações Terrestres do Exército

General deixa o comando do CMA em agosto em promoção a um cargo de alto prestígio no Exército

Costa Neves vai chefiar Comando de Operações Terrestres do Exército

Neuton Corrêa, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 30/06/2025 às 07:08 | Atualizado em: 30/06/2025 às 07:08

O general quatro estrelas Ricardo Augusto Ferreira Costa Neves vai assumir em agosto um dos postos da mais alta relevância do Exército Brasileiro (EB). Ele vai trocar o Comando Militar da Amazônia (CMA) pelo Comando de Operações Terrestres (Coter), em Brasília.

Assim sendo, ele troca um comando regional de mais de 20 mil militares pela força nacional do EB, de mais de 220 mil pessoas.

O que faz o Coter?

Em linhas gerais, o Coter orienta, coordena e acompanha o preparo e emprego da Força Terrestre em operações de guerra e não guerra.

É o órgão responsável pela doutrina militar terrestre e pela atuação da força em diversas situações, incluindo apoio a órgãos públicos, combate a epidemias e ações de garantia da lei e da ordem.

Dos bastidores à confirmação

A promoção dele ao cargo já vinha sendo tratada há meses, mas a configuração final se deu na semana passada, na última reunião do Estado Maior do Exército.

Por exemplo, essa reunião definiu o sucessor de Costa Neves no CMA. Este será o general Viana Filho, que já comandou o 1º. Bis, em Manaus. Luiz Gonzaga Viana Filho foi promovido a general de Exército por indicação desta reunião de cúpula do Exército.

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Marca de Costa Neves

Costa Neves teve passagem marcante pelo CMA. Seu trabalho transcendeu os muros do QG (Quartel General) que passavam ideia de separar Exército da comunidade.

Cultura

Costa Neves teve forte envolvimento com a vida social dos amazonenses. Prestigiou eventos artísticos e sai de Manaus como um abaixado pela cultura do boi-bumbá de Parintins.

O Garantido conquistou o coração do general, fã da toada “Treme Terra”, do touro branco.

Indústria

Mas, além disso, ao assumir o CMA, em 2023, o militar entendeu que a Força também poderia ser uma oportunidade de negócio à indústria da Zona Franca de Manaus.

Tanto o que é que, hoje, quase 100% dos uniformes vestidos pelos militares do Exército no Brasil inteiro são fabricados em Manaus.

Não foi só isso. O general foi além. Ele estruturou e fundamentou a relação Indústria-Defesa, ajudando a criar o Condefesa, Conselho de Defesa e Segurança.

Este fórum reúne universidades e outras instituições de pesquisa e inovação, forças armadas e a indústria.

Nesse sentido, ao ir para o posto de grande importância ele cria expectativa de manter as relações com a Amazônia, incentivando o que iniciou.

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Fotos: Divulgação