Crescem mortes violentas de ianomâmis no primeiro trimestre

Malária é outro problema grave na terra indígena

Ferreira Gabriel

Publicado em: 07/08/2024 às 13:16 | Atualizado em: 07/08/2024 às 13:19

O número de mortes de ianomâmis no primeiro trimestre de 2024, durante o governo do presidente Lula da Silva (PT), foi de 74 –queda de 33% em relação ao mesmo período no ano passado. Em 2023, foram 111 mortes.

Os dados, preliminares, são do novo boletim do COE (Centro de Operações de Emergências), divulgado nesta segunda-feira (5) pelo Ministério da Saúde. Foi atualizado pela primeira vez no ano.

Apesar da diminuição do número total, foi registrado um aumento de 20% nas mortes de yanomamis por agressão. No primeiro trimestre de 2024, foram 18, contra 15 em 2023. 

Segundo o documento, as principais causas das mortes dos indígenas da etnia foram infecções respiratórias agudas, desnutrição e malária.

Segundo o ministério, “a precarização dos serviços e sistemas de saúde indígena até 2022 levou a uma situação de emergência de saúde por desassistência no Território Indígena Ianomâmi, produzindo subnotificação de adoecimentos e óbitos até 2022”.

Aumento nos casos de malária

Foram registrados 8.896 casos de malária entre indígenas da etnia nos primeiros 3 meses de 2024. O número representa um aumento de 35% em relação aos 6.611 no mesmo período de 2023.

Segundo o Ministério da Saúde, em 2023, 5.224 indígenas não tinham acesso aos serviços de saúde em 7 polos-base. Em 2024, todos os 37 já estão em operação.

Com isso, disse o órgão, houve um aumento no número de diagnósticos e tratamentos –exames aumentaram em 83,1% entre ianomâmis.

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Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil