O prefeito David Almeida (Avante) vai hoje à Câmara Municipal de Manaus (CMM) para sua terceira mensagem anual ao Legislativo.
A ida dele à Casa é obrigatória.
Ele encontrará novamente uma base parlamentar com ampla maioria. Na verdade, mais ampla ainda.
As eleições do ano passado lhe foram generosas nesse sentido. O resultado do pleito tirou da CMM o opositor Amom Mandel (Cidadania), substituído por um aliado, Roberto Sabino. Amom foi eleito deputado federal.
David Almeida também ganhou na Casa, com as eleições, um aliado experiente e de alto grau de confiança, Alonso Oliveira (Avante) , que substituirá Wanderney Monteiro, agora deputado estadual.
Alonso, até semana passada, era secretário do prefeito, na Manauscult.
Feridas abertas
Mas, diferente de 2021 e 2022, David Almeida encontrará na CMM uma base dividida. Continua sua, mas dividida.
O racha ainda é resultado da disputa que elegeu a atual diretoria do Parlamento Municipal, em dezembro.
É que lá atrás, na briga por Poder, o bloco governista se dividiu e não foi apaziguado até o dia do pleito interno, 5 de dezembro.
Na batalha final a base ficou organizada entre os que apoiavam o vereador Caio André (PSC), que contou com o apoio do governador Wilson Lima (União), e os que ficaram com Elan Alencar (Pros), bancado por David.
Caio e seu grupo ganharam a eleição.
Comissões
Contudo, apesar do tempo decorrido, a divisão ainda permanece. Tanto é que, na semana passada, a base governista, com a regência do presidente da CMM, definiu o comando das 24 comissões permanentes da Câmara.
Nesse caso, os cargos e os colegiados mais importantes ficaram com o grupo pró-Caio André.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), por exemplo, ficará com Thaysa Lippy (Progressista). Thaysa é filha do deputado Felipe Souza (Patriotas), já reconduzido a líder de Wilson, na ALE-AM.
A Comissão de Economia e Finanças (CAE) será presidida por Diego Afonso, do partido do governador.
Marcelo Serafim ficou com a Comissão de Saúde. Ele é do Avante, foi líder de David na Casa, mas deixou o cargo por não se alinhar à articulação do prefeito acerca das eleições da Mesa Diretora.
Outra comissão importante, a de Educação, ficou com a vereadora Professora Jacqueline. Ou seja: outro colegiado que ficou com o partido do governador.
Foto: Robervaldo Rocha