Deputado sugere contratação da Beneficente Portuguesa pela tabela SUS
Para Serafim, houve resistência por parte da Susam em contratar o Beneficente Portuguesa

Publicado em: 14/04/2020 às 16:34 | Atualizado em: 14/04/2020 às 16:34
O deputado Serafim Corrêa (PSB) solicitou ao governo do estado, nesta terça, dia 14, a contratação do Hospital Beneficente Portuguesa com pagamento da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS).
Inicialmente, a medida deve desafogar o atendimento nos demais hospitais públicos de Manaus.
De acordo com o parlamentar, a iniciativa foi tomada no ano passado junto com os deputados Therezinha, Adjuto Afonso e Abdala Fraxe.
Para Serafim, houve má vontade de parte da Susam, “uma resistência muito grande em contratar o Beneficente Portuguesa”.
“Assim como também vi de parte da Susam muita má vontade em relação do hospital Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV)”, disse.
Conforme o deputado, se o estado tivesse seguido a Lei do SUS, nº 8080/1990, a crise na saúde pública poderia estar controlada.
“Lá está dito o que é o SUS. O Sistema Único de Saúde usa primeiro todas as instalações de saúde federais, estaduais e municipais. Depois usa as filantrópicas, que é o caso da Beneficente e, por último, a medicina privada, complementarmente”, explicou.
“Começamos usando a medicina privada. Os hospitais públicos são administrados pela iniciativa privada”, pontuou.
O líder do PSB também destacou que as Organizações Sociais (OS) não representam a solução para o gargalo na saúde pública.
“O Delphina Aziz foi entregue a uma OS que faz três cirurgias por dia numa estrutura daquelas. Aí mantém aquela enormidade de leitos”.
Segundo Serafim, “a intervenção do Ministério da Saúde não foi conversada com o governo estadual”, mas sim com os conselhos federal de enfermagem e de medicina.
Dessa forma, a decisão de transformar o hospital num centro referência para o novo coronavírus “não foi tratada com o governo do estado”.
Serafim ainda comentou sobre contratos de gestão setorial, junto ao estado, para administrar outros hospitais.
“Aquilo que está ruim pode ficar pior. Esse caminho não é o melhor. Isso não deu certo em lugar nenhum, inclusive aqui”, alertou ele.
No entanto, o deputado comemorou o início do pagamento às cooperativas médicas por parte do governo estadual.
“Finalmente as empresas médicas vão ser pagas. Isso deveria ter sido feito em janeiro do ano passado, porque a instabilidade que se ficou de lá até aqui é muito grande”, concluiu.
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Foto: Anderson Tahan/Divulgação