Deputado pede ao Dnit que libere tráfego pesado na BR-320
A proibição se deve à ausência de pavimentação e pontes de madeira na rodovia

Mariane Veiga
Publicado em: 28/01/2020 às 11:50 | Atualizado em: 28/01/2020 às 11:51
Preocupado com o risco de isolamento de Apuí, município que fica no sul do Amazonas, o deputado Belarmino Lins (Progressistas) encaminhou pedido ao Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) para que o órgão reavalie uma portaria que proíbe o tráfego de caminhões e carretas com peso acima de 23 toneladas na BR-230 (Transamazônica).
A proibição se deve à ausência de pavimentação e pontes de madeira na rodovia, de acordo com a portaria.
“A portaria afeta drasticamente o município de Apuí, que, no nosso entender, por não ter acesso a vias fluviais, vive uma situação diferenciada em relação aos municípios de Lábrea e Humaitá, também atingidos pela decisão do Dnit”, disse o parlamentar.
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Lins respaldou seu apelo em dados fornecidos pelo vice-prefeito apuiense Marcos Lise, que visitou o órgão na segunda-feira (27), em Manaus, para tentar amenizar os impactos da portaria em relação ao município.
Em vídeo sobre o seu encontro com autoridades do departamento, Marcos Lise argumentou: “A situação do trecho entre Humaitá e Apui é diferente do trecho Humaitá/Lábrea e Humaitá/Manaus, que envolve a BR-319. A nossa base, entre Apuí e Humaitá, suporta peso e o nosso município não possui ligação com rios. Tudo que vai para Apuí é por meio da Rodovia Transamazônica, inclusive o combustível imprescindível para a alimentação do sistema elétrico da cidade”.
Detentor de um rebanho estimado em mais de 100 mil cabeças de gado, Apuí tem economia baseada rigorosamente na pecuária, mas também valoriza a agricultura cujos produtos são comercializados para as cidades vizinhas. “Se a portaria não for revista, o frete, de acordo com Lise, vai encarecer 100%, o que provocará a alta dos preços dos alimentos e de outros produtos indispensáveis à população local”, ressaltou.
Segundo Belarmino, as argumentações do vice-prefeito “foram sólidas, convincentes, levando o órgão a se comprometer em rever a portaria”. Para ele, a situação de Apuí é específica, diferenciada, e por isso merece ser reavaliada.
Com informações da assessoria
Foto: Divulgação/Assessoria