Desastre ambiental se desenha e Amazonas já antecipa medidas
A maior demonstração disso será dada hoje (27) pelo governo do Amazonas

Publicado em: 27/12/2021 às 07:41 | Atualizado em: 27/12/2021 às 16:01
As cheias recordes de 2021 no rios do Amazonas podem ter sido apenas as primeiras das enchentes severas nos rios desta parte da Amazônia.
A maior demonstração disso será dada hoje (27) pelo governo do Amazonas.
Pela primeira vez na história, o Estado reconhece a gravidade de uma enchente seis meses antes do fim da subida.
Mais que isso, em ano anterior, fato que nunca aconteceu. Geralmente, as ações do governo começam depois do dia 31 de março, quando os órgãos oficiais de monitoramento das águas dos rios emitem sinal de alerta de enchente.
De acordo com o governo, as estações dos municípios de São Gabriel da Cachoeira, Santa Isabel do Rio Negro e Barcelos estão com os níveis atípicos.
A régua que mede o nível do rio Negro, no Porto de Manaus, no dia de hoje, mostra que o rio está com uma cota de 23,45 metros. Isso significa dizer que está 2,83 centímetros acima do meso nível em que estava em 27 de dezembro de 2020.
Aquela subida quase três metros a menos já indicava preocupação.
Nesse sentido, nesta segunda-feira, o governador Wilson Lima realiza coletiva de imprensa para anunciar apoio a prefeituras municipais no monitoramento e adoção de medidas que minimizem os impactos.
A coletiva está marcada para as 8h30, na Sede do Governo do Amazonas, avenida Brasil, 3.925, Compensa II, zona oeste de Manaus.
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Plano
O objetivo do plano é permitir que o Estado apresente respostas rápidas de ajuda humanitária.
Por exemplo, em regiões em que o período sazonal de cheia causa impactos mais severos à população.
O Subcomando de Ações de Proteção e Defesa Civil do Estado, em parceria com secretarias e demais órgãos estaduais das áreas social, de saúde e do setor primário, entre outros irão coordenar as ações.
Foto: Divulgação/Defesa Civil