Desemprego no Amazonas caiu quase 2% de abril a junho

Taxa de desemprego no Amazonas cai 1,9% no segundo trimestre de 2024, mas permanece entre as mais altas do Brasil, segundo o IBGE.

Da Redação do BNC Amazonas em Brasília

Publicado em: 15/08/2024 às 18:42 | Atualizado em: 15/08/2024 às 18:42

O desemprego no país caiu para 6,9% no segundo trimestre de 2024, recuando um ponto percentual ante o primeiro trimestre do ano (7,9%) e alcançando o menor índice para o período desde 2014.

A taxa diminuiu em 15 das 27 unidades da federação, mantendo-se estável nas outras 12. É o que mostram os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), divulgados nesta quinta-feira (15), pelo IBGE.

As menores taxas de desemprego do segundo trimestre foram de Santa Catarina (3,2%), Mato Grosso (3,3%) e Rondônia (3,3%) e as maiores, de Pernambuco (11,5%), Bahia (11,1%) e Distrito Federal (9,7%).

A PNAD Contínua é a principal pesquisa sobre a força de trabalho do Brasil.

A coordenadora de pesquisas por amostras de domicílios do IBGE, Adriana Beringuy, disse que, nas unidades da federação onde a queda não foi estatisticamente significativa, o panorama foi de estabilidade.

“Dessa forma, nenhum estado apresentou aumento da taxa de desocupação na comparação com o primeiro trimestre de 2024”.

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Maiores quedas

A maior queda foi observada na Bahia (-2,9 pontos percentuais), já que o estado passou de uma taxa de desocupação de 14% no primeiro trimestre para 11,1% no segundo trimestre.

Outros nove estados tiveram queda acima da média nacional:

– Piauí (-2,4 pontos percentuais, ao passar de 10% para 7,6%),

– Amazonas (-1,9, de 9,8% para 7,9%),

– Alagoas (-1,8, de 9,9% para 8,1%),

– Tocantins (-1,7, de 6% para 4,3%),

– Acre (-1,7, de 8,9% para 7,2%),

– Espírito Santo (-1,4, de 5,9% para 4,5%),

– Maranhão (-1,1, de 8,4% para 7,3%),

– Ceará (-1,1, de 8,6% para 7,5%) e

– Pará (-1,1, de 8,5% para 7,4%).

Estabilidade

Minas Gerais e São Paulo tiveram a mesma queda da média nacional, sendo que o primeiro recuou de 6,3% para 5,3% e o segundo, de 7,4% para 6,4%.

Com quedas menos intensas, aparecem:

– Goiás (-0,9, de 6,1% para 5,2%),

– Rio de Janeiro (-0,7, de 10,3% para 9,6%)

– Santa Catarina (-0,6, de 3,8% para 3,2%).

Mato Grosso e Rondônia mantiveram-se estáveis (3,3%). Ainda na casa dos 3 pontos, aparece Mato Grosso do Sul, com 3,8%.

Também apresentaram estabilidade:

– Paraná (4,4%),

– Rio Grande do Sul (5,9%),

– Roraima (7,1%),

– Paraíba (8,6%),

– Amapá (9%),

– Sergipe (9,1%),

– Rio Grande do Norte (9,1%),

– Distrito Federal (9,7%)

– Pernambuco (11,5%).

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Rendimento

 O rendimento médio real da população ocupada teve crescimentos nas regiões Sul (R$ 3.528) e Nordeste (R$ 2.238), comparado com o primeiro trimestre de 2024, e se manteve estável nas outras regiões.

Em relação ao mesmo trimestre de 2023, o rendimento médio cresceu no Sul, Nordeste e Sudeste (R$ 3.627), com estabilidade no Norte (R$ 2.508) e Centro-Oeste (R$ 3.641).

Taxa de informalidade

Já a taxa de informalidade para o Brasil foi de 38,6% da população ocupada.

O menor índice de informalidade está em Santa Catarina, com 27,1%, Distrito Federal, com 29,8%, e São Paulo, com 31,2%.

Entre os estados com as maiores taxas estão Pará (55,9%), Maranhão (55,7%) e Piauí (54,6%).

Gênero e cor

Por outro lado, a taxa de desocupação por sexo foi de 5,6% para os homens e 8,6% para as mulheres no segundo trimestre de 2024. Já a taxa de desocupação por cor ou raça ficou abaixo da média nacional para os brancos (5,5%) e acima para os pretos (8,5%) e pardos (7,8%).

Para as pessoas com ensino médio incompleto, a taxa de desocupação foi maior que as dos demais níveis de instrução (11,5%).

As pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 7,1%, quase o dobro da verificada para o nível superior completo (3,6%).

Idade

Ainda de acordo com o IBGE, no segundo trimestre de 2024, as pessoas de 14 a 17 anos de idade representavam 6,8% das pessoas em idade de trabalhar.

Os jovens de 18 a 24 anos correspondiam a 12,4%. As maiores parcelas eram formadas pelos grupos de 25 a 39 anos (29,0%) e de 40 a 59 anos (32,1%).

Os considerados idosos pela Organização Mundial da Saúde para países em desenvolvimento, 60 anos ou mais de idade, representavam 19,7%.

Por fim, a taxa de desemprego dos jovens entre 18 e 24 anos ficou em 14,3%.

*Com informações do IBGE.

Foto: Agência Brasília