Com o tema “Desenvolvimento nas cidades amazônicas”, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), falará sobre os desafios e perspectivas de boas práticas de uma gestão sustentável para líderes políticos de cidades que fazem parte da Amazônia Legal.
“Durante dois dias seremos a capital da Amazônia para nortear grandes líderes políticos de como unir desenvolvimento urbano sustentável a uma preservação real da floresta amazônica”, disse.
O prefeito fará a palestra magna do 1º Fórum de Cidades Amazônicas.
O evento na capital do Amazonas é nos dias 5 e 6 deste mês, no pavilhão Princesa Isabel, no centro histórico, com apoio da Fundação Konrad Adenaeur e Iclei América do Sul.
“Nesta quinta-feira, 5 de setembro, é o Dia da Amazônia e teremos em Manaus representantes dos municípios que compõem esse importante bioma para fazermos uma bela reunião internacional e produzir um manifesto em defesa da Amazônia”, destacou Arthur.
Ações meio ambiente
De acordo com a prefeitura, desde 2016, as ações de arborização na cidade de Manaus, desenvolvidas por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), conseguiram plantar 34,7 mil mudas de árvores, que estão em crescimento, distribuídas em 114 logradouros públicos.
Entre as espécies de árvores plantadas, as prioridade são florestais nativas, como o pau-pretinho e a jutairana (ideais para sombreamento e com raízes que não causam danos às calçadas e pavimento das vias), o ipê e a pata-de-vaca.
Além disso, Manaus é uma cidade que tem áreas de florestas preservadas e fragmentos verdes no meio da cidade, que contribuem para a prestação dos serviços ambientais à área urbana.
Pelo menos 4,75% do território de Manaus correspondem a áreas protegidas, geridas pela Semmas.
Fórum
As inscrições para o fórum se encerram ao meio-dia desta terça-feira, dia 3. A organização informou que as vagas limitadas foram preenchidas dois dias após a abertura do processo de inscrição, com um total de 192 inscritos.
O evento vai contar ainda com painéis sobre economia, desenvolvimento urbano, sustentabilidade da floresta e cooperação regional descentralizada.
O principal intuito do debate é elaborar um “Manifesto de Cidades Amazônicas”, como manual de responsabilidade sustentável, às vésperas da 25ª Conferência Mundial do Clima, a COP 25, que acontece em dezembro deste ano, na cidade de Santiago do Chile.
É preciso se pensar de forma atualizada a biodiversidade, esclarece Ismael Nobre, um dos integrantes dos painéis que acontecerão no fórum. “Com o uso da tecnologia da quarta Revolução Industrial é possível traduzir o valor da natureza em riqueza. É possível hoje produzir matérias permitindo que a floresta permaneça em pé, a partir de bioindústrias distribuídas em territórios gerando valor, desde a floresta até grandes cidades da Amazônia”, destaca o especialista em Desenvolvimento Sustentável e Manejo de Áreas Protegidas.
O fórum reunirá, ainda, representantes de organizações nacionais e internacionais, a exemplo da Embaixada da Noruega e do governo da Alemanha. O “Cidades Amazônicas” vai possibilitar o intercâmbio e conexões de iniciativas das principais capitais do bioma amazônico, debatendo os direcionamentos de urbanização da região, os impactos da revolução industrial sustentável, a soberania territorial e análise de cases de instituições que exercem o desenvolvimento de maneira inteligente.
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Foto: Mário Oliveira / Semcom