Desmatamento cai 81% no Amazonas em julho, diz Inpe
Áreas sob gestão do estado foram responsáveis por apenas 14,46% dos alertas.

Da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 03/08/2023 às 18:28 | Atualizado em: 03/08/2023 às 23:32
O Amazonas fechou o mês de julho com redução de 81,2% na quantidade de alertas de desmatamento, segundo dados do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Para o mês, foram 92,64 km² de alertas, contra 491,61 km² registrados no mesmo período de 2022.
Da mesma forma, a redução também é seguida na análise do acumulado para 2023. De 1º de janeiro a 31 de julho, a queda no número de alertas foi de 62,6%. Com isso, registrou-se 645,8 km² neste ano, contra 1.727,59 km² no mesmo período do ano passado.
Os dados do Inpe são analisados diariamente pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), no intuito de subsidiar políticas públicas e apoiar as ações de combate em campo, junto ao Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e a Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM).
Dessa forma, o saldo se apresenta positivo, segundo avalia o secretário de Meio Ambiente, Eduardo Taveira.
É importante ressaltar que, dos sete primeiros meses de 2023, cinco deles nós fechamos com redução no desmatamento. Esse é um resultado bastante expressivo, fruto de um trabalho para atuar tanto na repressão contra os crimes ambientais, que estão cada vez mais associados a outros crimes, como tráfico de armas e drogas, e principalmente para incentivar o desenvolvimento econômico e sustentável no interior do Amazonas.
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Áreas estaduais
Além da análise por período, a Sema realiza o levantamento dos alertas registrados por categoria fundiária. Ou seja, que separam as notificações em áreas estaduais, – como unidades de conservação estaduais e glebas estaduais -, áreas federais – entre assentamentos, unidades de conservação federais, glebas federais e terras indígenas -, e vazios cartográficos.
Assim, para julho, as áreas sob gestão direta do Amazonas somaram 13,40 km² – uma redução de 29,2% em comparação ao mesmo mês do ano anterior.
Desse total, as unidades de conservação estaduais foram responsáveis por apenas 1,60 km² (-48%), enquanto as glebas estaduais responderam por 11,80 km² (-25,5%).
No acumulado de 1º de janeiro a 31 de julho, as áreas do Estado foram responsáveis por 52,52 km² de alertas. Isso também representa uma redução de 32,06%, em comparação ao mesmo período em 2022, quando se constatou 77,30 km².
Como resultado, diante dos dados, na análise atual, o Amazonas ocupa a terceira posição no ranking de alertas de desmatamento, entre os estados da Amazônia Legal.
Foto: divulgação/PC-AM