Desmatamento ilegal está em queda na Amazônia, afirma Sarney

Amazônia em risco e governo demite chefe do monitoramento do Inpe

Aguinaldo Rodrigues

Publicado em: 05/04/2018 às 15:08 | Atualizado em: 05/04/2018 às 15:08

O desmatamento ilegal continua a despencar na Amazônia Legal, de acordo com o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho.

Após dois anos de aumento nas taxas de desmatamento, 2015 e 2016, em 2017 houve redução de 16% e agora, entre agosto de 2017 e janeiro de 2018, os levantamentos indicam uma queda de 20%.

Ele fez a declaração, nesta quinta-feira (5), em Brasília, no programa da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC).

Entre agosto de 2016 e julho de 2017, a taxa estimada pelo Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apontou 6.624 quilômetros quadrados (km2) de corte raso, que é a eliminação de toda vegetação existente sobre a área.

O resultado indicou uma diminuição de 16% em relação a agosto/2015-julho/2016, quando foram apurados 7.893 km2 de desmatamento ilegal.

Para Sarney Filho, a queda no desmatamento é resultado da recomposição do orçamento dos órgãos de fiscalização.

“Temos um monitoramento online muito bom e temos recursos assegurados pelo orçamento do Ibama com o suplementado com o Fundo Amazônia. Então, hoje não há problema financeiro para promover o comando e controle na Amazônia”, assegurou.

Ele explicou que o desmatamento só é contido com fiscalização nas áreas afetadas.

“O ideal será quando valorizarmos a floresta em pé. Quando em pé ela valer mais que derrubada estará resolvido o problema do desmatamento. Enquanto isso não acontece, tem que ter fiscalização”, disse, destacando a importância de fortalecer a gestão ambiental.’

 

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O ministro do Meio Ambiente, José Sarney Filho, participa do programa Por Dentro do Governo da TV NBR
Foto: José Cruz/Agência Brasil

 

Por isso, Sarney Filho ressaltou que o Ministério do Meio Ambiente não apoia o Projeto de Lei 3729/2004, que cria a Lei Geral de Licenciamento Ambiental.

Em tramitação na Câmara, prevê, por exemplo, a flexibilização do licenciamento ambiental para a atividade agropecuária e construção de empreendimentos em áreas preservadas.

“Estamos fora dessa discussão”, disse ele, após participar, hoje, do Programa Por Dentro do Governo, da TV NBR, da EBC.

Fonte: Agência Brasil

 

Foto: Vinícius Mendonça/ Ibama