Dia da Economia Solidária: Unisol/AM faz feira no Padre Vignola, em Manaus

Privilegia a autogestão e a cooperação em empreendimentos coletivos, redes e cadeias solidárias articuladas.

Dia da Economia Solidária: Unisol/AM faz feira no Padre Vignola, em Manaus

Da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 14/12/2023 às 11:43 | Atualizado em: 14/12/2023 às 14:43

Às 19h desta quinta (14), a Unisol Amazonas abre sua 1ª Feira de Economia Solidária. O evento que vai até amanhã será realizado no centro de convivência da família Padre Pedro Vignola, na Cidade Nova, zona norte.

Com uma vasta programação a Unisol realiza sua primeira feira no Dia da Economia Solidária, criado pelo Governo do Estado, neste dia 15.

Além disso, a entidade homenageia o aniversário do amazônida Chico Mendes, assassinado em 22 de dezembro de 1988, Xapuri, Acre.

Conforme a organização do evento, neste primeiro dia, haverá palestras atinentes ao tema, como da empreendedora Luzanira Varela.

A secretária nacional de Mulheres do PT, Anne Moura, vai tratar sobre a presença feminina na política.
Maria Francinete Lima, primeira mulher a assumir a superintendência regional da história do Ministério do Trabalho, fará palestra sobre a mulher e o mercado de emprego.

Outra importante fala no evento é de Tatiane Valente, do Fórum Brasileiro de Economia Solidária. Ela defende a economia solidária como trabalho digno para todos.

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Rodas de conversa

A organização reservou para o dia 15 a feira propriamente dita e, ao mesmo tempo, rodas de conversas sobre temas relacionados à economia solidária. Por exemplo:

Economia solidária, com Denise Kassama; gestão financeira, Alex Pamplona; economia feminista, Iraildes Caldas; organização de redes de consumo solidário, Ronald Seixas; e outros.

Na parte musical, os cantores Torrinho e Nonato. No primeiro dia, a atração é Alfredo Rocha.

Volta com Lula

Depois de cinco anos adormecido, desde 2018, o governo Lula da Silva fez voltar em outubro o Conselho Nacional de Economia Solidária. E nesse retorno, o objetivo é organizar uma conferência nacional e criar um marco regulatório para fortalecer a economia solidária.  

O conselho é composto por representantes do governo, das iniciativas econômicos solidários, das organizações da sociedade civil e dos serviços sociais, totalizando 56 membros.

Para a conselheira Francisca da Silva, representante de Minas Gerais, os empreendimentos de economia popular e solidária precisam ser beneficiados com menos tributos.

Segundo ela, o setor pode se desenvolver tão bem quanto o mercado formal, com o diferencial da “valorização do ser humano”. 

Nós somos registrados como microempresa, tem outro que foi registrado como MEI [microempreendedor individual] para ficar no mercado, porque senão a gente não vive, nós precisamos de [capacidade de emitir] nota fiscal. Mas o Simples Nacional ainda é muito ruim pra gente. E aqueles que não podem formalizar? E aqueles que não conseguem? As cooperativas estão muito caras

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O que é o setor?

A economia solidária expressa um modo de organização da produção, comercialização, finanças e consumo de produtos e serviços que privilegia a autogestão e a cooperação em empreendimentos coletivos, redes e cadeias solidárias articuladas.

Assim, ela é centrada na valorização da colaboração e do ser humano e não do capital, visando relações mais justas do ponto de vista social e sustentáveis pelo lado econômico e ambiental. 

Dessa forma, são exemplos de empreendimentos de economia solidária as cooperativas de reciclagem, grupos de agricultura familiar, empresas cooperativas de crédito, coletivos ecológicos e pequenos e médios produtores de alimentos orgânicos. 

Foto: divulgação