Diretor da Samel destaca tomografia no diagnóstico precoce do coronavírus
Diretor da Samel destaca que esse método pode fazer a diferença contra o coronavírus e evitar o colapso do sistema de saúde

Neuto Segundo
Publicado em: 29/04/2020 às 07:00 | Atualizado em: 29/04/2020 às 08:28
O diretor do grupo Samel, Ricardo Nicolau, destacou a importância da tomografia computadorizada no diagnóstico precoce do coronavírus (covid-19).
Ao participar do UOL Debate virtual, nesta terça-feira (28)l com especialistas de saúde, ele afirmou que esse método pode fazer a diferença contra o coronavírus e evitar o colapso do sistema de saúde.
Leia mais
Depois do Pará e Roraima, “Cápsula Vanessa” da Samel será implantada no Acre
Estudo de holandeses e chineses
Para Nicolau, a tomografia computadorizada do tórax é eficaz como método complementar de diagnóstico, segundo estudo publicado na revista Radiology, assinado por pesquisadores holandeses e chineses.
O exame de imagem tem sido implementado na rotina diagnóstica para a identificação da doença, devido ao fato do vírus ser responsável por diversas alterações pulmonares, comuns a grande parte dos portadores.
Além disso, a tomografia mostra-se como uma alternativa frente à disponibilidade limitada de kits de testes virais, disse Nicolau.
“Precisamos fazer também o diagnóstico através do teste molecular PCR ou da tomografia de forma precoce. Estamos vendo que, quando o tratamento e o acompanhamento são feitos de forma precoce, menor é a condição de o paciente ir para o respirador ou se hospitalizar”, disse Nicolau.
Segundo ele, foi esse exame que lhe permitiu o tratamento adiantado do coronavírus, diagnosticado no último dia 22. Nicolau licenciou-se do mandato de deputado estadual para coordenar o hospital de campanha de Manaus, gerido em parceria com a prefeitura e o Instituto Transire.
De acordo com Nicolau, há três fases importantes na batalha contra a doença: o isolamento, o diagnóstico precoce e o acompanhamento médico para evitar a hospitalização.
“Se não cumprirmos com essas fases, podemos ter um milhão de leitos de UTI que não vamos conseguir suportar. Então, temos que agir de forma muito enérgica, muito rápida nas fases da doença, para diminuir o impacto”, disse.
“Não é que nós vamos evitar isso, mas vamos diminuir, escalonar, preparar a rede e, com essas medidas, salvar vidas, que é o grande objetivo”, finalizou.
Foto: Divulgação/Samel