Efeitos da seca: granizo em Urucurituba e porto de Itacoatiara segue caindo
A seca na Amazônia causa eventos climáticos raros, como a ocorrência de granizo em Urucurituba, ao mesmo tempo em que afeta a navegação no porto de Itacoatiara devido à queda acentuada do nível do rio.

Diamantino Junior
Publicado em: 12/10/2023 às 16:17 | Atualizado em: 13/10/2023 às 12:44
A seca tem sido implacável em algumas regiões do Amazonas, trazendo consequências inesperadas. Em Urucurituba, um fenômeno raro surpreendeu os moradores: a ocorrência de granizo. Enquanto granizo é mais comumente associado a climas frios, sua aparição em uma região tropical como o Amazonas é um evento incomum e intrigante.
A seca extrema na região pode ter desempenhado um papel importante na formação desse granizo, uma vez que as temperaturas atípicas e a falta de umidade podem criar as condições necessárias para esse fenômeno.
Em vídeo enviado ao BNC Amazonas, os moradores de Urucurituba, surpreendidos, relataram a ocorrência de pequenas pedras de gelo, algo fora do comum em uma região onde o calor geralmente prevalece.
Além disso, as condições climáticas adversas têm impactado outras áreas do Amazonas.
O porto de Itacoatiara tem sofrido com o nível do rio caindo acentuadamente devido à seca prolongada. A diminuição do nível da água torna a navegação mais desafiadora, afetando o transporte fluvial que é vital para a região.
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Esses eventos climáticos extremos destacam os efeitos das mudanças climáticas e da seca severa em uma das regiões mais emblemáticas do Brasil.
Enquanto o granizo em Urucurituba surpreende e intriga, o declínio do nível do rio em Itacoatiara é um lembrete das complexas interações entre o clima, o meio ambiente e a sociedade na região amazônica.
É fundamental monitorar e compreender esses fenômenos para enfrentar os desafios que as mudanças climáticas estão impondo a essa parte valiosa do Brasil.
Fumaça massacra também
A fumaça das queimadas que encobre Manaus levou a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) a suspenderem as aulas.
A UEA informou aos alunos que a suspensão das aulas a partir das 13h, desta quarta-feira (11), é necessária devido à insalubridade do ar da fumaça das queimadas.
“Em razão das condições insalubres do ar que assolam a cidade de Manaus, com fumaça devido às queimadas, dificultando a respiração e, consequentemente, o bem-estar dos servidores da UEA, a gestão superior da instituição decidiu suspender as atividades na presente data (11/10), a partir das 13h, na capital amazonense.”
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Granizo em Urucurituba
Porto de Itacoatiara caindo
Foto: reprodução vídeo