Empresa investe R$ 5 bi e inicia produção de fertilizantes em MG

O insumo é fosfatado, enquanto o da mina do Amazonas é potássico

Potássio: TRF-1 derruba liminar e competência volta a ser do Amazonas

Mariane Veiga

Publicado em: 04/03/2024 às 22:30 | Atualizado em: 05/03/2024 às 02:16

O Grupo EuroChem anunciou um incremento de 15% na produção nacional de fertilizantes fosfatados a partir de 2025 no Brasil, com operação, na casa de R$ 5 bilhões, de um novo complexo industrial em Minas Gerais.

Os trabalhos da planta começam no próximo dia 13, com a presença dos executivos da empresa.

A Serra do Salitre é um município do estado Minas Gerais localizado entre o Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, até metade do século passado era distrito do município de Patrocínio, maior produtor de café arábica do Brasil.

Segundo fontes, o complexo vai adicionar um milhão de toneladas de fertilizantes fosfatados por ano no agronegócio brasileiro, cerca de 15% da produção nacional deste insumo.

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Esta produção vai contribuir com a redução da dependência de importações do insumo, fortalecendo a competitividade da agricultura brasileira.

O Grupo EuroChem é um dos líderes globais do segmento de fertilizantes nitrogenados, fosfatados e potássicos, e atua no Brasil desde 2016, quando adquiriu 51% da Fertilizantes Tocantins, concretizando a aquisição total em 2020.

Em 2022, o grupo adquiriu o controle acionário da Fertilizantes Heringer. São 21 fábricas, com capacidade de produção de 9 milhões de toneladas por ano. A empresa emprega cerca de 4 mil colaboradores, com a nova operação serão adicionados aproximadamente 1,2 mil novos empregos.

O projeto de mineração foi comprado em 2021 por US$ 450 milhões da norueguesa Yara Fertilizantes. A obra foi retomada em julho de 2022 pela EuroChem, que investiu cerca de US$ 500 milhões para concluir o empreendimento.

“Temos uma disponibilidade restrita de minerais que permitiriam uma maior produção de fertilizantes no Brasil. São poucas as minas de fosfato que são lavráveis e poucas as de potássio facilmente exploráveis. Então o custo de capital para novas plantas é alto e temos uma dependência de importação de 85% de todos os fertilizantes”, disse o diretor-presidente da empresa na América do Sul, Gustavo Horbach, ao site Poder360.

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Foto: Reprodução