Representantes de entidades indígenas e especialistas afirmaram nesta quarta-feira (15), durante audiência virtual promovida pela Câmara dos Deputados, que está em curso um “genocídio”.
Sobretudo, estaria ocorrendo em distritos indígenas devido à pandemia do novo coronavírus.
Representante do Ministério da Saúde que participou da audiência contestou. Sobretudo criticou o emprego da palavra “genocídio”.
Boletim da Secretaria Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde contabiliza 216 índios mortos por Covid-19 em todo o país. Bem como 10.517 doentes confirmados entre indígenas.
No entanto, para a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), os mortos são mais que o dobro (501). Além disso os contaminados, são mais de 14,7 mil.
De acordo com o censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população indígena do Brasil em 2010 era de 896,9 mil pessoas.
“Isso não é fake news. Não é mentira. Cada um desses aqui tem endereço, tem aldeia, tem família”, disse Sônia Guajajara, coordenadora da Apib, a respeito dos números apresentados pela entidade.
O secretário de Saúde Indígena do ministério, Robson Santos da Silva, também participou da audiência, e contestou.
De acordo com ele, “dizer que o governo federal não trabalhou, dizendo que não se fez nada, que o indígena está abandonado, que é genocídio, com os números que estão sendo apresentados, eu preciso discordar”.
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