Escolas do Amazonas terĂ£o projeto de prevenĂ§Ă£o Ă s drogas
Resposta do Ministério da Justiça ao STF, que, no ano passado, descriminalizou o porte de maconha

Publicado em: 22/04/2025 Ă s 07:10 | Atualizado em: 22/04/2025 Ă s 07:10
Escolas do Amazonas contarĂ£o com projeto de prevenĂ§Ă£o Ă s drogas para alunos do ensino fundamental de escolas pĂºblicas, por meio do MinistĂ©rio da Justiça e Segurança PĂºblica.
Trata-se de uma resposta do MinistĂ©rio da Justiça ao Supremo Tribunal Federal (STF), que, no ano passado, descriminalizou o porte de maconha para quem estiver com atĂ© 40 gramas da droga ou seis plantas fĂªmeas.
Conforme a Folha de S.Paulo, na decisĂ£o, o Supremo determinou que o governo federal criasse programas sobre os riscos do uso de drogas.
Segundo a publicaĂ§Ă£o, o MinistĂ©rio da Justiça prevĂª, neste ano, um orçamento de R$ 8,5 milhões (com recursos prĂ³prios e de emendas).
Assim, o program contempla a formaĂ§Ă£o de professores, o suporte de equipes tĂ©cnicas especializadas e a produĂ§Ă£o de materiais didĂ¡ticos.
Dessa forma, o programa educacional serĂ¡ aplicado nas escolas pelos prĂ³prios professores das redes e Ă© dividido em dois blocos:
- – para o anos iniciais do ensino fundamental (crianças de 6 a 10 anos)
- – e para os anos finais (de 11 a 14 anos).
Por exemplo, nos anos iniciais (1º ao 5º ano), as atividades preveem o uso de estratĂ©gias lĂºdicas.
Com isso, o objetivo Ă© promover a mediaĂ§Ă£o de relações sociais e o fortalecimento dos vĂnculos entre os estudantes, segundo informações da pasta.
AlĂ©m disso, no bloco direcionado aos alunos dos anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano), que incluem adolescentes, jĂ¡ hĂ¡ informações sobre substĂ¢ncias psicoativas.
Ao mesmo tempo, para esses alunos, serĂ£o 12 aulas ao longo do ano. A indicaĂ§Ă£o Ă© para que elas ocorram em curtos intervalos, mas a escola tem autonomia para adaptĂ¡-las Ă grade curricular.
De acordo com a Secretaria Nacional de PolĂticas sobre Drogas e GestĂ£o de Ativos (Senad), pesquisas indicam que a implementaĂ§Ă£o desse conteĂºdo contribui para a reduĂ§Ă£o na frequĂªncia do uso de Ă¡lcool, tabaco e outras substĂ¢ncias psicoativas entre os estudantes.
TambĂ©m foi observada uma diminuiĂ§Ă£o em episĂ³dios de bullying e na incidĂªncia de “binge drinking” —consumo excessivo de Ă¡lcool em um curto intervalo de tempo.
Como resultado, todos os municĂpios interessados podem aderir ao programa. O prĂ³ximo passo da pasta Ă© capacitar profissionais em nĂvel estadual.
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