O Amazonas ainda nem saiu direito da cheia histórica de 2021, que atingiu os rios da região, e já está alertado que o “La Niña pode se antecipar e chegar em dezembro na Amazônia.
No Brasil, o fenômeno climático, causado pelo resfriamento das águas do Pacífico, na Costa do Peru, provoca a intensificação das chuvas na Amazônia, no Nordeste e em partes do Sudeste.
“Já temos dados de que haverá a incidência do fenômeno novamente este ano”, disse Patrícia Guimarães, presidente do Núcleo Regional da Sociedade Brasileira de Meteorologia do Amazonas (NRAM/SBMET).
A fala, em tom de alerta, foi em reunião que teve nesta quinta-feira, 7, na sede do DNIT-AM, com o superintendente do órgão, Afonso Lins, e o deputado estadual Álvaro Campelo (Progressistas).
A ideia do encontro era propor saídas para que o Amazonas enfrente aparelhado fenômenos meteorológicos recorrentes e previna a população de catástrofes.
Assim, Patrícia explicou que alguns destes fenômenos se estabelecem com relativa antecedência, em especial na Amazônia.
“É possível se antecipar a alguns fenômenos característicos da nossa região, possibilitando fazer o desvio uma rua, ou tirar pessoas de determinados locais, onde podem acontecer deslizamentos de terras”, sugeriu.
Consoante com isso, o superintendente do DNIT-AM reagiu à meteorologista fazendo apelo ao deputado Álvaro.
Ele sugeriu que o assunto La Niña seja exposto no plenário do parlamento estadual.
“Nós estamos pedindo o apoio ao deputado Álvaro, que seja realizada uma Cessão de Tempo na Assembleia Legislativa, com a finalidade de se demonstrar a importância da inserção dos meteorologistas em cada calha de rio. Isto vai facilitar essas previsões e evitar problemas para os municípios do interior”, propôs Afonso Lins.
Necessidade
Para Álvaro Campelo é necessário que os meteorologistas tenham maior participação nos diversos órgãos do estado e dos municípios.
“A previsão do tempo é uma ferramenta essencial para o desenvolvimento econômico do nosso estado, seja na agricultura, na pecuária, na geração de energia, além de contribuir para a prevenção de acidentes e catástrofes”, concluiu o deputado.
Prejuízos
Em 2020, o Amazonas teve prejuízos de R$ 329,5 milhões causados por desastres naturais. O valor consta no estudo “Danos prejuízos causados por outros desastres durante a pandemia em 2020”, da CNM (Confederação Nacional de Municípios).
A pesquisa mostra o impacto financeiro de fenômenos como inundações, alagamentos, deslizamentos, secas e incêndios florestais registrados durante a pandemia de Covid-19.
O mapeamento mostra ainda os malefícios humanos, materiais e ambientais dos desastres naturais, potencializados pela ação humana.