Estadão publica estudo com alternativas à indústria da ZFM

Desde os anos 1950, a Zona Franca de Manaus funciona por meio da concessão de isenção fiscal dada pelo governo às empresas do polo industrial

IPI reduzido causará rombo de R$ 150 milhões só em FPE

Ferreira Gabriel

Publicado em: 27/05/2022 às 09:54 | Atualizado em: 27/05/2022 às 09:54

O Jornal Estadão apresentou na quarta-feira (25) um estudo do Instituto Escolhas, think tank brasileiro que tem entre os seus focos o desenvolvimento sustentável, sobre novas perspectivas do modelo Zona Franca de Manaus (ZFM).

Segundo o relatório, o polo tecnológico manauara, que envolve renúncia fiscal da ordem de R$ 23 bilhões e tem incentivos previstos até 2073, pode mirar a inovação e o uso sustentável da biodiversidade.

Conforme os autores da pesquisa, há quatro eixos de oportunidades que devem ser aproveitados, sob pena de se perder oportunidades valiosas. A proposta está baseada no desenvolvimento da bioeconomia, em um polo de economia da transformação digital, no ecoturismo e na piscicultura.

O Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBio), política pública federal que completa três anos, aponta em direção semelhante. A iniciativa abrange até o momento 26 projetos e 24 empresas investidoras do Polo Industrial de Manaus.

A ideia básica é simples. De um lado, foi montado um banco de projetos inovadores voltados para a bioeconomia amazônica. De outro, a ideia é buscar grandes empresas de tecnologia instaladas na ZFM interessadas em investir em ideias disruptivas de produtos feitos com base na biodiversidade nacional. O capital utilizado é exatamente aquele poupado por causa da renúncia fiscal.

A legislação prevê, principalmente para o setor de informática, o repasse de 5% do faturamento das companhias tecnológicas para pesquisa, desenvolvimento e inovação.

“Os aportes em bioeconomia vêm numa crescente, e quanto melhor estiver o desempenho das empresas em suas áreas, maiores as chances de diversificarem seus aportes e apoiar a bioeconomia. A Revfood, por exemplo, conseguiu investimento de um conjunto de empresas que fizeram pequenos aportes”, afirma Carlos Koury, diretor de inovação em bioeconomia do Idesam, organização da sociedade civil que coordena o PPBio.

Leia mais no Estadão

Leia mais

Facilitar mais importação é presente de Bolsonaro na visita à ZFM

Foto: Divulgação/ZFM