Estiagem no Amazonas jĂ¡ Ă© realidade em 2024

Ă“rgĂ£os dos governos federal, estadual e municipal, em Manaus, realizaram a primeira reuniĂ£o ontem, antes do pior acontecer

Seca do rio Negro

Da RedaĂ§Ă£o do BNC Amazonas

Publicado em: 21/05/2024 Ă s 07:13 | Atualizado em: 21/05/2024 Ă s 10:03

A considerar reuniĂ£o que aconteceu nesta segunda-feira, 20, na sede do Ibama-AM, os governos federal, estadual e municipal jĂ¡ tratam a estiagem 2024 como atĂ­pica.

A crise climĂ¡tica jĂ¡ Ă© uma realidade, ainda que os rios amazĂ´nicos, nesta parte da bacia, estejam enchendo e as poucas chuvas ainda ocorram.

A demonstraĂ§Ă£o de que UniĂ£o, Estado e MunicĂ­pio (Manaus) jĂ¡ tratam a estiagem como evento climĂ¡tico atĂ­pico e severo, pelo segundo ano consecutivo, esteve na pauta dessa reuniĂ£o.

A princĂ­pio, seria uma reuniĂ£o com assuntos diversos, contudo, o tema que prevaleceu foi a estiagem.

Isso foi na reuniĂ£o da ComissĂ£o Tripartite, que reuniu representantes dos Ă³rgĂ£os ambientais da UniĂ£o (Ibama-AM), do Estado (Sema e Ipaam) e de Manaus (Semmas).

Enchente fraca

No caso da subida dos rios, ao fim do perĂ­odo, começo de junho, os dados sĂ£o assustadores. O rio Negro, por exemplo, neste momento, estĂ¡ com nĂ­vel abaixo da cheia de 2023.

Esta, por sua vez, foi o inĂ­cio do que viria a ser, no segundo semestre do ano passado, a maior vazante da histĂ³ria do Negro.

O rio jĂ¡ subiu 13,34 metros, mas ainda cerca de 1,75 metro abaixo da cheia 2023, pequena.

Vazante jĂ¡ começou

Embora a Ă¡gua continue subido do mĂ©dio rio Solimões (Coari), passando pelo Negro (Manaus) atĂ© o baixo rio Amazonas (Parintins), os rios tributĂ¡rios jĂ¡ começavam a vazar ou reduzir a cheia.

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MemĂ³ria

A tĂ­tulo de memĂ³ria, com nĂ­veis baixos, os rios se tornaram um problema para as viagens de navios. Estes, com cargas do Polo Industrial da Zona Franca de Manaus nĂ£o chegavam nem saĂ­am de Manaus.

FĂ¡bricas pararam. A economia perdeu receita. Investimentos pĂºblicos foram adiados ou cancelados, como o Festival de Ă“peras 2024.

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Fumaça

Em 2023, tambĂ©m foi o ano que a fumaça da queima da floresta amazĂ´nica chegou a Manaus. A fumaça, antes uma realidade de municĂ­pios do Sul do Amazonas, chegou Ă  maior cidade da AmazĂ´nia, a capital do Amazonas. Mais de dois milhões pessoas ficaram encoberta por fuligens de poluiĂ§Ă£o por cerca de trĂªs meses.

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Reforço

Este ano, o Ibama vai tentar chegar cedo a Autazes (AM), que no ano passado foi o principal emissor de fumaça para Manaus.

LĂ¡ estĂ¡ a Ăºnica terra federal, Recreio SĂ£o FĂ©lix, do entorno de Manaus, que Ă³rgĂ£o pode agir legalmente. Mas isso nĂ£o impede o Ă³rgĂ£o de atuar em toda a regiĂ£o, disse Joel AraĂºjo, superintendente do Ibama-AM.

O Ă³rgĂ£o, sucateado pelo governo Bolsonaro, agora jĂ¡ tem uma frota de carros para enfrentamento Ă s queimadas.

Sendo assim, ao todo, serĂ£o 17 veĂ­culos Ă  disposiĂ§Ă£o do instituto para a realizaĂ§Ă£o deste serviço. As novas picapes jĂ¡ estĂ£o prontas para uso.

Fotos: Ibama/divulgaĂ§Ă£o e BNC Amazonas