Os escritores Juliana Siqueira e Luís Sánchez publicaram artigo no portal EcoDebate para apontar o que consideram “mais uma das narrativas falaciosas do presidente Bolsonaro”.
Trata-se dos planos de exploração do nióbio em São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas.
De acordo com estudo recente que investigou fala de Bolsonaro, a falácia envolve a “miraculosa riqueza que a mineração de nióbio traria para os brasileiros”.
Segundo os autores, ele manifestou publicamente intenção de explorar as reservas de nióbio no morro dos Seis Lagos, no parque nacional Pico da Neblina.
Para eles, essa exploração só aumentaria a produção de nióbio no país, que já é, com folga, o maior produtor mundial do minério. Dessa maneira, não haveria aumento de demanda que justifique a exploração no Amazonas.
“Dessa forma, além de possuirmos minério suficiente para abastecer gerações, o aumento de produção poderia afetar o preço e a lucratividade da produção desse mineral tão importante para o país”, diz trecho do artigo.
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Risco ambiental
Além disso, os autores apontam que a reserva mineral de Seis Lagos está localizada em área indígena e de proteção ambiental.
Para vencer essa barreira, o governo Bolsonaro, conforme deixou claro o ministro do Meio Ambiente, já trabalha para “passar uma boiada” nas alterações da legislação do setor.
Como resultado, a exploração do nióbio deixaria altos prejuízos ao meio ambiente da região dos Seis Lagos, em São Gabriel da Cachoeira.
“Dentre os cenários propostos pelo estudo, no mais otimista, mais de 30 mil quilômetros quadrados de florestas poderiam ser afetados”.
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Foto: Divulgação/ICMBio