Amazonas zera fila do transplante de córneas e já atende outros estados

O Banco de Olhos do Amazonas zerou a fila para transplante de córneas.  As 3,3 mil doações captadas nos 14 anos de existência completados nesta segunda-feira, dia 7, possibilitaram a realização de 2 mil transplantes no Estado e o envio de córneas para atender pacientes da Bahia, Maranhão, Maceió, Minas Gerais, Pará, Paraíba e do Distrito Federal. A fila para transplantes de córnea no país é de, aproximadamente, 10 mil pessoas.

Apesar da marca, o secretário da Susam, Francisco Deodato, alerta para a importância de manter o ritmo das doações, já que a fila de transplante, além de não ser estanque, é nacional e todos os dias são inseridos novos pacientes, necessitando do procedimento.

A coordenadora do Banco de Olhos, a médica oftalmologista Cristina Garrido, informa que, atualmente, conta com uma equipe multidisciplinar, formada por 30 profissionais. “São enfermeiros, biólogos, farmacêuticos, biomédicos, psicólogos. Quanto mais capacitada é a equipe, mais doações você consegue receber”, explica.

Como funciona

Segundo ela, uma equipe do banco atua 24 horas no Instituto Médico Legal (IML). É lá que os profissionais informam às famílias sobre a existência do serviço no Amazonas e da possibilidade que têm em fazer a doação. Com a autorização das famílias, os profissionais fazem a coleta e levam as córneas para o laboratório do banco, que funciona na Fundação Hospital Adriano Jorge (FHAJ), no bairro Cachoeirinha, zona sul de Manaus.

De acordo com Cristina, para poder ser transplantada, a córnea deve ser coletada em até seis horas após o óbito do doador. No laboratório do Banco de Olhos do Amazonas, a córnea é avaliada e preservada, até que seja definido o paciente que receberá o transplante.

A coordenadora ressalta que a fila de espera por transplante de córnea é administrada por uma central nacional, gerida pelo Ministério da Saúde. Até que seja definido o paciente, a córnea fica no Banco de Olhos. Para ter condições de transplante, o tecido pode ficar até 14 dias em laboratório, no máximo.

*Com informações e foto da Secom.