Finep investe R$ 10 milhões em ‘barco voador’ na Amazônia

Projeto da startup Aeroriver, em parceria com o ITA, visa melhorar o transporte na Amazônia com baixo impacto ambiental.

Iram Alfaia , do BNC Amazonas em Brasília

Publicado em: 07/08/2024 às 19:30 | Atualizado em: 07/08/2024 às 21:57

A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), empresa pública vinculada ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, aprovou investimento de R$ 10 milhões ao projeto do barco voador, cujo objetivo é revolucionar o transporte de passageiros e cargas na Amazônia.

Os recursos serão usados no desenvolvimento estrutural do barco que possui 18 metros de comprimento.

O Volitan é produto da startup Aeroriver, criada em 2021, em parceria com o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).

“Nosso objetivo maior é mesmo resolver problemas logísticos na região amazônica. Esse veículo representa uma solução inovadora, superando as limitações de velocidade dos barcos tradicionais e minimizando o impacto ambiental”, disse o engenheiro aeronáutico e um dos sócios da startup Lucas Guimarães.

De acordo com o empresário, o barco será o primeiro veículo de efeito solo adaptado para o território amazônico e terá capacidade para transportar dez passageiros ou uma tonelada de carga.

“A proposta foca no desenvolvimento do projeto estrutural do veículo, centrando no desenvolvimento do airframe do Volitan, incluindo etapas de revisão aerodinâmica, definição de requisitos técnicos e planejamento da industrialização”.

O Volitan está sendo desenvolvido para percorrer uma distância de até 450 quilômetros sem reabastecer, operando a uma altura de cinco a dez metros da água e velocidade de 150 km/h. Além disso, o veículo emite menos CO² do que embarcações e aeronaves.

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A Finep diz que diante dos desafios logísticos e ambientais da Amazônia, em que a construção de estradas enfrenta altos custos e grandes impactos ecológicos, a tecnologia promete uma revolução.

“Terá impacto social com o transporte mais eficiente e rápido de pessoas e cargas essenciais para a população ribeirinha, como alimentos e medicamentos”, diz nota da Finep.

Foto: Fotomontagem/divulgação