Parintins: fotolivro retrata ‘Rio Uaicurapá’ e seu potencial turístico

A obra do geógrafo, educador e artista plástico, Estevan Bartoli está disponível de forma gratuita para download. Confira!

Gabriel Ferreira, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 20/04/2023 às 22:22 | Atualizado em: 21/04/2023 às 06:28

Com financiamento do próprio bolso, o professor Estevan Bartoli, de geografia da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), de Parintins, lançou na terça-feira (18) o fotolivro “Rio Uaicurapá – Patrimônio Territorial de Parintins”, pela editora MewVavMen.

A obra de 92 páginas, disponível online para download, retrata os complexos e belos cenários da bacia hidrográfica de um dos rios da região do Baixo Amazonas.

Na introdução do foto livro, Estevan Bartoli escreve que o ” intuito não é divulgar simplesmente os “atrativos” desse rio”. “O que cativa no rio Uaicurapá e seus afluentes não se limita à paisagem. Suas comunidades, fazendas, aldeias, os moradores camponeses-ribeirinhos, navegantes, pescadores e indígenas nos brindam com uma diversidade de territorialidades”, escreve.

Para o geógrafo, “quem deseja realmente conhecer o rio Uaicurapá deve estar aberto a uma experiência imersiva, sabendo também escutar os que ali habitam”.

E partir desta proposta de “revelar” aquela região de Parintins, a obra também aborda o potencial turístico a ser explorado ali.

Nesse sentido, o geógrafo escreve que o circuito turístico apenas voltado ao festival de Parintins “não direciona esforços suficientes para a missão de revelar, pensar e planejar o turismo nos interiores”.

E o rio Uaicurapá seria um desses lugares a serem explorados turisticamente, com base na proposta do turismo de base comunitária (TBC) através de um projeto de extensão da UEA, coordenado por Estevan Bartoli, com a participação de sua orientanda Thaynessa Costa Brasil.

Ao BNC Amazonas, o autor do foto livro comentou sobre a necessidade de desenvolver o turismo de base comunitária a partir da universidade, e citou a pousada e restaurante da Dona Peta, como uma das iniciativas com esse potencial, que há mais de 10 anos junto com seu marido Marcelo recebem aos visitantes no Uaicurapá.

“Teria que ter dentro da universidade, mais apoio, mais gente trabalhando o turismo de base comunitária. Este seria um caminho. E que as pessoas se envolvessem e criassem um sistema de governança, de pessoas envolvidas, de identificar as redes locais de sujeito pra ver como eles podem participar, os camponeses, os pescadores, as mulheres, a dona Peta, por exemplo, é uma guerreira”, declarou.

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Foto: Reprodução