Maduro fecha fronteiras e não quer volta dos refugiados no Brasil
Segundo o governo é "para prevenir ameaças à segurança". Medidas incluem suspensão de passagens aéreas e marítimas, e proibição de armas e bebidas alcoólicas.

Diamantino Junior
Publicado em: 26/07/2024 às 19:04 | Atualizado em: 26/07/2024 às 19:04
Em uma controversa tentativa de “garantir a segurança” durante as eleições presidenciais deste domingo (28), o governo da Venezuela decidiu fechar todas as passagens de fronteiras, um movimento que muitos críticos veem como uma estratégia para controlar o acesso e limitar a mobilidade dos cidadãos.
A medida, oficializada por decreto e vigorando até segunda-feira (29/7), inclui ainda a suspensão de passagens aéreas e marítimas, além da proibição do porte de armas de fogo, venda de bebidas alcoólicas e manifestações públicas, levantando sérias preocupações sobre o impacto dessas restrições nos direitos democráticos e na liberdade dos eleitores.
A partir desta sexta-feira (26/7) até a próxima segunda-feira (29/7), as pontes internacionais estarão fechadas.
O general Domingo Hernández Lárez, comandante estratégico operacional das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB), comunicou no X (antigo Twitter) que as passagens marítimas e aéreas também serão suspensas.
O objetivo dessas restrições é manter a ordem e a tranquilidade durante o período eleitoral, evitando qualquer tipo de tumulto ou desordem que possa comprometer a integridade do processo eleitoral.
Barrados
Nesta sexta-feira, venezuelanos que tentavam retornar ao país vindos da Colômbia foram impedidos de atravessar a ponte internacional Simón Bolívar, em Cúcuta, devido ao fechamento.
Imagens divulgadas pela agência de notícias AFP mostraram o descontentamento de alguns desses cidadãos, que expressaram frustração por não poderem entrar na Venezuela e votar no domingo. Apesar do desconforto manifestado, não foram registrados incidentes na área.
O fechamento das fronteiras reflete a crescente preocupação do governo venezuelano com o crescimento da oposição nas eleições, em um cenário político já tenso e marcado por diversas controvérsias.
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A decisão de fechar fronteiras causa restrições na mobilidade e nos direitos dos cidadãos, especialmente daqueles que estavam fora do país e desejavam participar do processo eleitoral.
A medida, segundo o governo é parte de um conjunto mais de ações destinadas a garantir a estabilidade e a integridade das eleições, para manter a ordem pública e evitar qualquer possível perturbação durante este período crítico para a nação.
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Foto: RS via Fotos Publicas