Fuligens que saem de queimadas da floresta amazônica chegaram a cidades do Sul e Sudeste do país esta semana.
As cidades mais afetadas ficam no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.
É o que informa nesta terça-feira (20), o jornal O Globo, em reportagem assinada por Lucas Altino e Pâmela Dias.
Grande parte dessa fumaça está saindo de queimadas no sul do Amazonas, informam.
Por exemplo, a reportagem cita a queima da Amazônia nas regiões das rodovias BR-230, em Apuí (AM) e BR-163, entre Itaituba (PA) e Novo Progresso (PA), e na região de Porto Velho (RO).
Como resultado, desde o sábado, moradores do Sul e do Sudeste do país têm no céu uma prova de como as catástrofes ambientais estão conectadas a fenômenos meteorológicos.
Além disso, a neblina formada pela fuligem também chegou ao Rio e a São Paulo no fim de semana, aponta o Serviço de Monitoramento Atmosférico da Europa.
Segundo O Globo, o número de queimadas na Amazônia e no Pantanal vem batendo recordes neste ano.
Dessa maneira, o corredor de ar que vem do Norte traz fumaça das queimadas dos dois biomas.
“Para ter fumaça da Amazônia aqui é porque a condição lá já é extrema”, resume Henrique Bernini, pesquisador de sensoriamento remoto.
Bernini se baseou nos dados do Serviço de Monitoramento Atmosférico da Europa para apontar que desde sábado a fumaça atingiu 10 estados brasileiros: Rondônia, Acre, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e o Rio.
No domingo, o clima não estava tão instável e não deslocou tanta massa de ar. A fumaça ficou pairando no Sudeste. Mas quando as fuligens se deslocam para o Sudeste, também se dispersam na direção do Atlântico, e isso faz com que a qualidade do ar não seja tão ruim, ressalva Bernini.
A reportagem destaca ainda que a fumaça já vem causando problemas no Norte há mais tempo.
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Manaus
Por exemplo, na semana passada, a qualidade do ar em Manaus variou entre ruim e muito ruim, segundo a classificação usada pelo Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental da Universidade do Estado do Amazonas.
Assim, ontem, houve uma melhora e a classificação da qualidade estava amena, de acordo com o mesmo sistema.
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Foto: reprodução/NOAA