Funerárias de Manaus são intimadas a revelar venda de caixões
Fiscalizações foram feitas devido a denúncias de práticas de preços abusivos durante pandemia do coronavírus

Ferreira Gabriel
Publicado em: 24/04/2020 às 10:52 | Atualizado em: 24/04/2020 às 11:50
Cinco funerárias de Manaus foram intimadas a apresentar no prazo de 48 horas, um levantamento dos comprovantes de vendas dos últimos três meses.
A partir de denúncias de práticas de preços abusivos foram realizadas fiscalizações, ontem, dia 23, nas agências funerárias. A Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (CDC/Aleam), e o Procon-AM fizeram comandaram a ação.
De posse dos comprovantes de venda, os órgãos de defesa do consumidor farão um comparativo. Dessa forma para averiguar se as funerárias reajustaram o valor dos serviços ofertados neste período de pandemia da Covid-19.
“Nos últimos dias recebemos uma demanda muito grande de reclamações em torno do alto valor cobrado pelos serviços funerários. Por isso, nossas equipes saíram às ruas para averiguar os fatos. Infelizmente, como as agências não tinham a documentação solicitada pelos fiscais, para efeito comparativo, foram notificadas e terão 48 horas para apresentar todos os comprovantes de venda de janeiro, fevereiro e abril”, afirmou o presidente da CDC/Aleam, deputado estadual João Luiz (Republicanos).
De acordo com o chefe da fiscalização do Procon-AM, Pedro Malta, a ação foi tranquila e contou com a colaboração dos estabelecimentos vistoriados. Entretanto, nenhum deles apresentou a documentação necessária. Principalmente que sirva de parâmetro de preços praticados antes e durante a pandemia da Covid-19.
“Sem os comprovantes de venda, a gente não consegue afirmar se há ou não abusividade na prática de preços cobrados pelos serviços funerários. É fato que a procura pelos serviços explodiu. Mas precisamos dos documentos para averiguar se houve um reajuste sem justificativa por parte das agências”, explicou Malta.
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Foto: Divulgação
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