Garimpeiros são mortos dentro de terra indígena ianomâmi

Familiares das vítimas pediram providências à Polícia Civil e solicitaram que os corpos sejam resgatados

Ferreira Gabriel

Publicado em: 13/02/2024 às 18:13 | Atualizado em: 15/02/2024 às 12:06

Três garimpeiros identificados como Josafá Vaniz da Silva, de 52 anos, Luiz Ferreira da Silva, de 50 anos, e Elizângela Pessoa da Silva, de 43 anos, morreram na Terra Indígena Yanomami.

Familiares acusam indígenas de terem atacado os três no dia 8 de fevereiro, informou a Polícia Civil nesta terça-feira (13).

Um boletim de ocorrência relatando as mortes foi registrado nessa segunda-feira (12) no 4º Distrito Policial.

Segundo familiares, os três estavam numa área entre o Parima e a região conhecida como “Dicão”, quando sofreram um ataque surpresa por indígenas, que estariam armados com arcos, flechas e armas de fogo. Eles pediram providências à Polícia Civil e solicitaram que os corpos sejam resgatados.

Elizângela era cozinheira no garimpo. Em nota, a Polícia Civil disse que está mobilizando uma força-tarefa para chegar à região considerada de difícil acesso.

“Devido à localização em uma área de mata distante, existem desafios logísticos, mas a Polícia Civil está comprometida em enviar todos os esforços necessários para resgatar os corpos das vítimas”, informou.

Além disso, a Polícia Civil informou que está em contato com o Exército Brasileiro para ter apoio com a logística para a equipe de agentes, delegados e peritos cheguem até o território. O Corpo de Bombeiros também deve ir na comitiva.

Maior território indígena do Brasil, a Terra Yanomami, enfrenta uma crise sanitária sem precedentes, causada pela forte presença de garimpeiros – no ano de 2022, a exploração de minérios avançou 54% na região. 

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