George Lins alerta que estiagem no AM pode superar a de 2023
O deputado declarou sobre a necessidade do governo federal voltar sua atenção de forma preventiva e urgente para os estados do Norte

Ferreira Gabriel
Publicado em: 03/04/2024 às 16:06 | Atualizado em: 03/04/2024 às 16:06
Atento à crise climática que assola o país, o deputado estadual Dr. George Lins (União Brasil) fez coro à manifestação do secretário-adjunto da Defesa Civil do Amazonas, coronel Clovis Araújo, alertando sobre o risco de os efeitos do atual desequilíbrio climático impactarem o estado durante o próximo verão, resultando em uma estiagem anormal maior que a de 2023.
“Segundo Clóvis Araújo, o atual volume de chuvas nas cabeceiras dos rios deixa a desejar, e, se as precipitações pluviométricas não melhorarem, nosso estado poderá sofrer uma estiagem mais drástica em 2024, podendo ser pior do que a ocorrida no ano passado”.
Preocupado com a situação, Lins citou também manifestações de líderes empresariais que participam do 9° Fórum de Logística do Centro das Indústrias do Amazonas (Cieam), que acontece em Manaus.
Os líderes temem que este ano a estiagem supere a de 2023, quando as empresas foram obrigadas a despender cerca de R$ 1,4 bilhão com custos logísticos.
“Com razão, eles clamam por medidas governamentais que previnam, neste ano, desastres maiores do que os ocorridos no ano passado”.
Ante a gravidade do quadro com relação à região Norte, sobretudo envolvendo o Amazonas, o deputado disse da necessidade de o governo federal voltar sua atenção de forma preventiva e urgente para os estados nortistas.
Nesse sentido, ele citou ação do governador Wilson Lima de procurar a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em Brasília, para tratar dos efeitos da crise climática no Amazonas.
“O governador Wilson Lima, assim, antecipará diálogo com o governo federal para que o Amazonas não seja surpreendido com uma estiagem fora do controle no próximo verão”.
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Rios abaixo do normal
Lins citou dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) para embasar sua posição a respeito da crise, mostrando que, enquanto no Sul e no Sudeste a instabilidade climática gera inundações e deslizamentos, no Norte os rios seguem um ritmo de cheia abaixo do normal.
“No Sudeste, por exemplo, o volume de chuvas é indescritível, mas no Norte há chuvas, mas que não influenciam a subida do nível dos rios nos níveis esperados”, argumentou.
No Norte, conforme alerta a Defesa Civil do Amazonas, os desequilíbrios climáticos podem gerar problemas inversos aos que assolam o Sul e o Sudeste, segundo o deputado.
“Estudo de cientistas da World Weather Attribution (WWA) adverte que a crise climática, com baixa precipitação pluviométrica, pode produzir uma estiagem, em 2024, mais forte do que a que castigou os estados da região em 2023. Então, ninguém pode brincar com o clima e o governo Lula, mais do que nunca, precisa ajudar, de forma emergencial, os governos estaduais no enfrentamento dos fenômenos climáticos extremos”.
Foto: divulgação