Givancir desconfia de atentado político em Iranduba: “Querem minha morte”

por Israel Conte e Mariane Veiga, da redação

O presidente do Sindicato dos Rodoviários de Manaus, Givancir Oliveira, desconfia de que o assalto com reféns em sua residência, no município de Iranduba (a 38 km de Manaus), pode ter sido uma tentativa de atentado político.

“Muitas pessoas no Iranduba estão interessadas na minha morte. Há algum tempo venho recebendo ameaças por denunciar a corrupção na Prefeitura de Iranduba e na Câmara Municipal”, declarou o sindicalista, em entrevista à imprensa nesta segunda-feira, dia 3, em Manaus.

Givancir teve sua residência invadida por ladrões no último dia 30 de janeiro. Ele não estava em casa. Sua família foi feita refém e um cofre foi levado do local.

O sindicalista desmente que no imóvel havia a quantia de R$ 200 mil, conforme divulgado pela imprensa.

“Como é que a imprensa publica valores se o cofre está fechado? Os valores foram repassados à polícia, uma média de R$ 50 mil, R$ 60 mil”, disse.

Suor dos rodoviários

Questionado ainda sobre a alta quantia guardada em casa, Givancir afirmou que o dinheiro é fruto da venda de patrimônio para reformar o imóvel, estilo mansão com piscina e área para churrasqueira.

“Há seis anos a gente está tentando construir. É patrimônio da família. A casa foi feita com suor dos rodoviários. O pedreiro é motorista e o eletricista é cobrador. A casa não foi escondida de ninguém. Recebo rodoviários naquela casa”, defendeu-se.

Ainda na coletiva, Givancir citou a ameaça que a empregada da casa recebeu dos invasores e que está registrada no boletim de ocorrência. “Não mexam com políticos aqui do Iranduba. Saiam do município”.

Forasteiro

Procurada, a assessoria de imprensa da Prefeitura de Iranduba informou ao BNC que ” Givancir Oliveira é considerado um forasteiro no município e que o prefeito Chico Doido (MDB) não conhece e nunca conversou com o sindicalista”.

Revelou ainda que “a construção da sua residência na cidade está totalmente irregular e sem licença.”

E que “as denúncias as quais o sindicalista se refere estão sendo apuradas pelo Ministério Público do Amazonas (MP-AM).”

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Foto: BNC Amazonas