Estiagem: governador decreta emergência em 42 municípios do Amazonas

Wilson Lima decreta emergência prevendo estiagem severa e cria comitês para enfrentar a crise climática.

Neuton Corrêa, da Redação do BNC Amazonas 

Publicado em: 05/07/2024 às 12:29 | Atualizado em: 05/07/2024 às 14:33

Quarenta e dois municípios, dos 62 do Amazonas, entraram neste dia 5 de julho em situação de emergência por decretos do Governo do Estado, baixados pelo governador Wilson Lima.

Trata-se de medidas dentro do plano preventivo contra as previsões de estiagem e vazante dos rios piores do que as que atingiram o estado em 2023, consideradas recordes em 100 anos. 

São dois decretos que alcançam esses municípios, que serão divulgados em seguida. Contudo, já se sabe que 20 são do sul do estado e da região metropolitana de Manaus. 

Portanto, duas regiões responsáveis por 97% das queimadas da floresta amazonense e, consequentemente, pela emissão de fumaça que atingiu fortemente a capital e cidades do interior em 2023.

Conforme o governo, os demais municípios em emergência são por causa da vazante de rios, como o Solimões, por exemplo, que já isola populações no alto rio.

Assim sendo, Lima põe em emergência sete municípios do Solimões, sete do rio Juruá e seis no Purus.

Purus e Juruá são alimentados pela água que desce do rio Acre, que já está em emergência há três semanas.

Comitês climáticos
 

Lima baixou também outros dois decretos que criam comitês administrativo e científico para tratar dessa questão climática no Amazonas. 

De acordo com ele, o administrativo, chamado de Comitê de Enfrentamento à Estiagem e às Mudanças Climáticas, terá representantes de 28 secretarias e autarquias do governo.

O comitê científico terá dez membros da Fapeam (federação de pesquisa) e da UEA (universidade estadual).

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“O verão do ano passado praticamente emendou com o verão deste ano. A quantidade de chuvas que nós tivemos não foi suficiente para caracterizar o período chuvoso”, disse LIma.

Conforme o governador, a vazante de rios já atinge algumas localidades do estado.

“Nós já temos situações bem difíceis em algumas calhas de rio. Só para se ter ideia do que eu estou falando, o rio lá no Acre, que alimenta as calhas do Purus e Juruá, já entraram em situação de emergência”.

Foto: Antônio LIma/Secom