Governo Bolsonaro faz ‘jogo de empurra’ e não age na BR-319, diz deputado

Manauense vai sentir no bolso já-já a inflação por desabastecimento, prevê Serafim

13/10/2022 12:32

O deputado estadual Serafim Corrêa (PSB) afirmou hoje, 13, que a falta de iniciativa do governo Jair Bolsonaro, via Dnit, para reconstruir pontes da BR-319 penalizam municípios do Amazonas.

Ao mesmo, segundo ele, reforçam o fato da falta de vontade política do governo Bolsonaro com a região Norte.

“As providências para desatar o nó da queda das pontes, providências de engenharia, de construção civil, estas não foram tomadas pelo Dnit. Aí o Dnit Amazonas diz que não tem mais nada a ver com isso, que agora a responsabilidade é do Dnit Rondônia, aí vem o Dnit Rondônia e diz que está proibido de falar em nome do Dnit nacional. E o Dnit nacional diz que está tomando as providências, mas não diz quais”.

O Dnit é o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, responsável pela rodovia.

Em sessão da ALE-AM (Assembleia Legislativa do Amazonas), Serafim afirmou que a situação impõe a contratação emergencial de empreiteira com condições de resolver os problemas.

“Que tenha equipamentos, que desloque os equipamentos, que possa restabelecer o tráfego naquela região e isso não foi feito até agora. Portanto, se isso tivesse acontecido numa estrada Rio de Janeiro/São Paulo o mundo já teria vindo abaixo e as medidas teriam sido tomadas. Mas como é aqui, atingindo irmãos amazonenses, principalmente os dos municípios de Autazes, Manaquiri, Careiro da Várzea, Careiro Castanho, Humaitá, Apuí, Lábrea e Santo Antônio do Matupi, nada é feito”.

Área de riscos da BR-319 vai até Km 173, e governo sabia desde 2021

Desabastecimento e carestía

Como resultado dessa falta de compromisso do governo com a região, o deputado prevê que nos próximos dias Manaus vai sentir os efeitos da queda de duas pontes.

O primeiro deles, por exemplo, será o desabastecimento. E, por consequência, o aumento do preço dos alimentos.

“Os preços dos alimentos vão aumentar por uma razão simples: como a estrada não está dando passagem, os alimentos perecíveis vão ter que ser deslocados para Autazes. E lá tem dificuldades de embarque. Tendo dificuldades de embarque, vai demorar [o transporte] e produtos vão estragar”, afirmou.

Em conclusão, Serafim cobrou que a bancada parlamentar no Congresso busque providências.

“E eu lembro que isso ocorreu há duas semanas e nós continuamos vendo as coisas cada vez mais piorarem e nenhuma medida a ser tomada”.

Foto: divulgação

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