O governo britânico anunciou um aporte de 2 milhões de libras, aproximadamente R$ 12,3 milhões, em um projeto na Floresta Amazônica. O anúncio foi feito durante a visita do ministro das Relações Exteriores, Commonwealth e Desenvolvimento do Reino Unido, James Cleverly, à estação de pesquisa do AmazonFACE, localizada a cerca de 80 km ao norte de Manaus. A iniciativa tem como objetivo compreender o impacto das mudanças climáticas na Amazônia e seus efeitos globais.
A informação é da Agência Brasil .
Reino Unido e Brasil fortalecem parceria científica no AmazonFACE
A parceria entre o Reino Unido e o Brasil no projeto AmazonFACE tem sido fundamental para a cooperação científica entre os dois países.
Desde 2021, o Reino Unido já investiu um total de 7,3 milhões de libras (R$ 45 milhões) no projeto, enquanto o governo brasileiro contribuiu com R$ 32 milhões através do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).
O objetivo do AmazonFACE é compreender como a Floresta Amazônica reage aos altos níveis de dióxido de carbono (CO₂) e seu papel nas mudanças climáticas.
Tecnologia FACE e infraestrutura do AmazonFACE
O AmazonFACE utiliza a tecnologia FACE (Free Air Carbon Dioxide Enrichment), que consiste em liberar ar enriquecido com CO₂ sobre a vegetação e monitorar suas respostas.
Esse experimento ajudará a entender os efeitos do aumento de CO₂ nas folhas, raízes, solo, ciclo da água e dos nutrientes da Floresta Amazônica.
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O projeto está construindo seis anéis de pesquisa na floresta, cada um com 16 torres de 35 metros de altura e 30 metros de diâmetro, além de guindastes para coleta de amostras acima da copa das árvores.
A previsão é que os anéis entrem em operação no início de 2024.
A importância do AmazonFACE para a compreensão do clima global
Os resultados obtidos pelo AmazonFACE serão essenciais para a comunidade científica internacional compreender melhor o papel da maior floresta tropical na mitigação das mudanças climáticas globais.
Além disso, contribuirá para o aprimoramento das metas globais relacionadas ao clima.
O projeto é coordenado por cientistas do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa/MCTI) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em colaboração com o governo britânico e implementado pelo Met Office, o serviço de meteorologia britânico.
Foto: Raul Vasconcelos/ASCOM/MCTI