Vigias, técnicos e merendeiros rompem com greve de professores

Categoria rompe com greve dos professores

Neuton Correa

Publicado em: 18/04/2019 às 12:04 | Atualizado em: 18/04/2019 às 12:04

por Neuton Corrêa e Israel Conte, da redação

 

A greve dos professores deflagrada na última segunda-feira, dia 15, começa a perder força com movimentos contrários dentro da própria categoria.

Depois da resistência de um grupo de educadores afirmando que a greve é precipitada, hoje foi a vez da Associação dos Administrativos, Vigias, Merendeiras e Serviços Gerais (Avamseg) dizer não à paralisação.

Ligados ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam), os profissionais afirmam ter ficado de fora da pauta das reivindicações.

“O Sinteam não unificou as pautas.  Os professores estão lutando por nove pautas e cadê as nossas? Como é que vou lutar por algo que não vai beneficiar?”, questionou Eliana Guedes, presidente da Avamseg, durante reunião com os associados nesta quinta-feira, dia 18.

 

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Eliana disse que os técnicos, merendeiros, vigias e serviços gerais possuem 48 pautas individuais, fora o reajuste do vale-alimentação e data-base.

“Nós vamos continuar a negociação com o Governo do Estado, sem greve. Nove das nossas pautas já foram atendidas. Uma delas, foi o reajuste de gratificação do chefe do setor pessoal, que já está no contra-cheque  de abril. Ainda pleiteamos progressão vertical para técnicos do nível fundamental para o médio, a diminuição do número de alunos por merendeiros, entre outros. A negociação está aberta”, disse.

 

Em números

O secretário executivo adjunto da capital da Seduc, Professor Bibiano (Avante), presente na reunião, afirmou ao BNC que o compromisso do governo é limpar a pauta de reivindicações da Avamseg “num curo prazo”.

Bibiano também disse que a paralisação atingiu até ontem 80 das 232 escolas da capital.

“Temos muito mais da metade em atividade normal. O que explica isso? Há uma base de professores que não se move pela questão da representação sindical. Eles se movem pela questão de quererem e sentirem a melhoria no dia a dia da escola. Eles pediram uma abertura de um canal de comunicação, já que há instransigência do Sinteam e Asprom, e nós abrimos esse canal. Espero que possamos chegar a um acordo e acabar com a paralisação”, disse Bibiano.

 

Foto: BNC