Ianomâmis: Casa de Governo tem R$ 1 bi para proteger indígenas em RR
Depois do retorno do garimpo às terras indígenas e da desnutrição, Lula determinou a presença massiva do Estado

Iram Alfaia, do BNC Amazonas em Brasília
Publicado em: 08/03/2024 às 21:15 | Atualizado em: 08/03/2024 às 21:32
O governo do presidente Lula da Silva (PT) vai abrir, neste mês, um crédito extraordinário superior a R$ 1 bilhão para as despesas do “trabalho urgente e estruturante” da Casa de Governo, que foi instalada em Boa Vista (RR) para garantir proteção às etnias ianomâmi e ye’kwana.
Depois do retorno do garimpo às terras indígenas e da desnutrição, Lula determinou a presença massiva do Estado no território para dar segurança, proteção e retomada da vida dos mais de 27 mil indígenas.
O Ministério dos Povos Indígenas disse que, em menos de dez dias da implantação da casa, o trabalho entre os ministérios envolvidos na assistência aos indígenas ganha nova dinâmica com a centralização dos esforços.
Na última semana, uma missão de servidores dos ministérios da Casa Civil, Gestão e Inovação, Povos Indígenas, Defesa e Justiça visitou o polo-base de saúde em Surucucu, na terra indígena Yanomami, e o Pelotão Especial de Fronteira (PEF).
No local, foram entregues 428 cestas básicas e realizados atendimentos em saúde de centenas de indígenas.
“A partir da Casa de Governo, temos um monitoramento mais detalhado e percepção mais apurada do que precisa ser feito”, afirmou a secretária-adjunta de articulação e monitoramento da Casa Civil, Júlia Rodrigues.
Ela esteve na cerimônia de instalação da Casa de Governo e também na missão presencial à terra indígena.
“Antes, a Casa Civil reunia as informações obtidas de diferentes equipes, agora, já podemos perceber a unidade e a centralidade de informações, tão necessárias para o compromisso de mudanças que o governo federal tem”, disse Júlia.
Os trabalhos estão sendo organizados em três frentes de atuação que vão ser fortalecidas a partir do avanço das ações de segurança e combate aos ilícitos ambientais: eixos saúde, segurança alimentar e étnico-ambiental.
“Estabelecemos o cronograma de ações conjuntas numa linha direta entre todas as equipes do governo federal, em Brasília e no local, a partir da coordenação da Casa de Governo. As iniciativas traçadas devem ocorrer em simultâneo”, disse a secretária-adjunta de articulação e monitoramento da Casa Civil, Débora Bezerra.
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Foto: Reprodução/Agência Brasil