O município de Humaitá deve receber um investimento de R$ 350 milhões para a instalação de um centro de produção agropecuário e cadeias (clusters) integradas de serviços envolvendo logística, armazenamento e geração de energia fotovoltaica.
A iniciativa é das empresas Zagaia Agro e Sanfran Energycom que preveem a geração de 12 mil empregos diretos e indiretos. O consórcio empresarial apresentou o projeto ao governo do Amazonas na segunda-feira, dia 2.
De acordo com estudos preliminares das empresas, a previsão é de um faturamento na ordem de R$ 172 milhões.
No setor de pecuária de corte, a expectativa é de movimentação de R$ 48,2 milhões/ano. A geração de emprego é de cerca de 207 trabalhadores. Nesse segmento, os recursos a serem aplicados está na faixa de R$ 37 milhões.
O projeto define a formação de complexos agroindustriais, com destaque para a implantação de parques de sistemas fotovoltaicos de alta geração, implantação de fábricas de ração animal e de armazéns de alta tecnologia e abatedouros de suínos e aves.
Segundo os empresários Francisco Zamith de Almeida, da Zagaia, e Luiz Guilherme Zancaner, da Sanfran Energy, o compromisso é desenvolver todo o projeto com a utilização somente de áreas degradadas e campos inativos livre de queimadas e desmatamentos.
Licenciamento ambiental prévio será pedido para áreas destinadas ao plantio de grãos nos órgãos de controle do setor.
As empresas também se comprometem a instalar sistema de produção de energia solar limpa em Humaitá.
O compromisso social assumido pelo grupo é de desenvolvimento econômico social da região por meio de parcerias com as universidades Federal do Amazonas (Ufam) e do Estado do Amazonas (UEA) para a capacitação de mão de obra qualificada para o agronegócio.
Também se compromete a investir na educação básica no município, em parceria com a Fundação Bradesco.
Para a cidade de Humaitá, especificamente, as empresas pretendem contribuir para o aumento da arrecadação municipal e fazer parceria para a formação de um plano diretor urbano e rural.
Na parceria com o Governo do Estado, as empresas esperam a articulação com bancos e agências de fomento para a aquisição de linhas de crédito.
A ideia é obter financiamento do projeto e garantia de compra de parte da produção de ração para a aplicação nos projetos de piscicultura e avicultura.
Os empresários asseguraram à Secretaria de Planejamento (Seplancti) que o projeto vai priorizar o zoneamento agropecuário sustentável, com a formação de cooperativas integradas ao sistema privado e governamental.
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Nova matriz
O projeto, segundo o secretário de Planejamento, Jório Veiga, é de interesse do Amazonas porque atende a um programa de política de diversificação da matriz econômica.
O secretário de Meio Ambiente (Sema), Eduardo Taveira, lembrou que o estado tem áreas a serem desenvolvidas que necessitam de novas tecnologias para garantir a sustentabilidade dos empreendimentos.
Também participaram da reunião, organizada pelo secretário-executivo de desenvolvimento da Seplancti, Renato Freitas, o secretário de Fazenda (Sefaz), Alex Del Giglio, os presidentes do Instituto de Proteção Ambiental (Ipaam), Juliano Valente, e da Agência de Fomento (Afeam), Marcos Vinicius Castro.
Fonte: Secom
Foto: Roberto Carlos/Secom