Lula prepara novas medidas contra incêndios florestais na Amazônia

O presidente Lula da Silva vai definir nesta quarta-feira (28/8) novas medidas de combate aos incêndios florestais na Amazônia e Pantanal. Ele quer fazer os anúncios numa reunião programada para a próxima quinta-feira (29/8), no Palácio do Planalto, com todos os governadores do Norte.

Além deles, serão convidados os governadores do Mato Grosso, Brasília, Goiás e São Paulo, estados que também sofrem com as fumaças em decorrência dos incêndios em todo o país.

Os municípios de Apuí e Lábrea, no sul do Amazonas, encabeçam a lista dos 21 municípios que concentram 50% dos focos de incêndios na floresta da Amazônia.

De acordo com Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), estão ainda na relação Canutama, Novo Aripuanã, Humaitá e Manicoré.

De janeiro a julho, foram queimados 900 mil ha para agropecuária (27%), 1,4 milhão ha de vegetação não florestal (41%) e 1,1 milhão ha de vegetação florestal (32%).

Numa apresentação, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, diz que há 178 frentes de incêndios florestais em combate na região.

O governo trabalha em 74% delas e já conseguiu extinguir 36 (15%), controlar 96 (40%) e combater 46 (19%). 62 (26%) estão sem qualquer combate.

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No local, o total de brigadas do Ibama são 62 com 1.184 brigadistas. Do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) são mais 27 brigadas com mais 284 brigadistas.

O Ibama já atuou em 139 dos 199 incêndios registrados em área federal, 12 dos 13 na estadual, 20 de 21 das particulares e sete dos sete sem domínio identificado.

Recursos

O órgão informa também que o governo federal aprovou R$ 293 milhões em recursos do Fundo Amazônia para Corpos de Bombeiros dos estados amazônicos.

Já o Programa União com Municípios, destinará R$ 780 milhões para ações de combate ao desmatamento e incêndios florestais em 70 municípios prioritários na Amazônia.

Proibição

Outras ações do governo federal, de acordo com o Ibama, para a prevenção e combate aos incêndios na Amazônia incluem a sanção em julho da Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, que será implementada em cooperação entre União, estados, municípios, sociedade civil e entidades privadas.

“A política proíbe o uso do fogo para desmatamento ou supressão da vegetação nativa, exceto quando há queima controlada dos resíduos de vegetação. Para práticas agropecuárias, o uso será permitido apenas em situações específicas, e os proprietários poderão ser responsabilizados em caso de incêndios”.

Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil