Indígena ianomâmi morre ao ser estuprada por garimpeiros em Roraima
Além disso, o ataque resultou no desaparecimento de uma criança de três anos, filha da mulher, que teria caído em um rio

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 27/04/2022 às 06:22 | Atualizado em: 27/04/2022 às 06:22
Uma menina ianomâmi de 12 anos morreu após ter sido vítima de estupro em uma comunidade indígena em Roraima.
Conforme divulgou segunda-feira (25) o Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kuana, o Condisi-YY.
De acordo com a Carta Capital, o presidente da organização, Júnior Hekurari Yanomami, declarou que obteve a informação do caso por meio de indígenas da comunidade de Aracaçá.
Segundo ele, a comunidade reúne aproximadamente 30 membros na região de Waikás, frequentemente atacada por criminosos.
O líder indígena também relatou que pelo menos 25 garimpeiros invadiram a comunidade.
Nesse sentido, durante a ação, uma tia protegia a menina de 12 anos.
Contudo, os garimpeiros as teriam levado a uma embarcação em direção a uma barraca, onde o estupro teria ocorrido.
Além disso, o ataque resultou no desaparecimento de uma criança de três anos, filha da mulher, que teria caído em um rio.
À Carta Capital, portanto, Júnior Hekurari Yanomami deu o seguinte relato.
“Elas estavam na sua comunidade quando os garimpeiros atacaram a comunidade. Elas foram levadas arrastadas para a sua embarcação, até as suas barracas. Chegando na sua barraca, eles violentaram a menina de 12 anos. A sua tia a estava protegendo, e os garimpeiros a empurraram junto com a sua criança, e a criança foi para dentro do rio Uriracoera. A criança está desaparecida ainda, provavelmente está morta também.”.
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Foto: Funai/Divulgação