O território indígena do Vale do Javari enfrenta cenário nefasto com duas primeiras mortes em três dias, devido ao coronavírus.
De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo , a preocupação tem aumentado, por trata-se de uma terra onde vivem pelo menos 19 povos isolados.
No domingo(5), a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) confirmou a morte de Djalma Marubo, de 83 anos. Ele morava na Aldeia da Praia, no município de Atalaia do Norte, sudoeste do Amazonas.
Dois dias depois, na terça-feira(8), foi registrada a morte da indígena Neuraci Oliveira, 44. Ela era de origem Tikuna, e casada com um Kanamari. A princípio, a vítima morreu no Hospital de Guarnição de Tabatinga, na região do Alto Solimões. De acordo com a matéria da Folha de S. Paulo, Neuraci contraiu o vírus em Benjamim Constant, onde fazia tratamento de saúde.
Conforme boletim até segunda-feira(6), da Sesai, o Distrito Sanitário de Saúde Indígena(Dsei), no Vale do Javari 123 casos haviam sido diagnosticados positivos entre os indígenas. A propósito, eles já haviam denunciado o início da contaminação via agentes da Sesai. Esses, portanto, levaram o vírus para as aldeias no começo de junho.
O Vale do Javari é uma das 488 Terras Indígenas(TI), áreas propriedades da União, que são habitadas por várias comunidades indígenas. Portanto, são bens públicos, e segundo a Funai, “como tal é inalienável e indisponível, os direitos sobre ela são imprescritíveis”.
Foto: Secom/ Governo do Acre
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