Investigações chegam a cartas do PCC que ordenam a cometer crimes

Publicado em: 07/07/2018 às 15:55 | Atualizado em: 07/07/2018 às 15:55
Investigações da Polícia Civil de São Paulo descobriram fragmentos de cartas da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), com sede no interior do estado.
Essas cartas davam ordem para que “soldados” da organização cometessem todos os tipos de crimes entre eles os de confecção de bombas, atentados e rebeliões em 14 estados.
Uma das cartas citava, inclusive, de acordo com informações da Agência Brasil, que integrantes de outros estados se deslocariam para São Paulo com objetivo de aprender a montar bombas para serem usadas em ações futuras.
Uma outra carta foi enviada para o presídio de Boa Vista, em Roraima.
O Ministério Público de São Paulo denunciou, por associação criminosa, 75 pessoas, acusadas de ligação com o PCC.
A ação faz parte da Operação Echelon, deflagrada em junho deste ano, com objetivo de desmantelar o setor responsável pela ramificação interestadual da facção em 14 estados e países vizinhos.
A polícia conseguiu, em suas investigações, recuperar fragmentos de cartas que os detentos do presídio de segurança máxima de Presidente Venceslau, município do interior paulista, dispensaram durante fiscalizações de rotina.

Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, é o líder do PCC, segundo as autoridades paulistas
Foto: Reprodução/Blog do NEO
No local, estava preso Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder do PCC.
Os manuscritos foram submetidos a exame grafotécnico pelo Instituto de Criminalística, que concluiu que as anotações partiram das pessoas suspeitas.
Ordem de crimes
Com o material, foi possível identificar execução de homicídios, rebeliões, ataques a fóruns, distribuição de armamento e drogas, atentados contra agentes públicos e órgãos do estado, além do fomento à guerra entre facções nos estados.
De acordo com o Ministério Público, a célula agia como uma rede de comunicação para executar as ordens que vinham dos líderes do crime organizado de dentro das penitenciárias.
Foto: Reprodução/Painel Eletrônico