Jovem pescadora de Maraã recebe de Lula prêmio Mulheres das Águas
A premiação reconhece e homenageia mulheres que se destacaram em ações e trabalhos nas áreas de pesca e aquicultura

Iram Alfaia, do BNC Amazonas em Brasília
Publicado em: 20/03/2024 às 20:30 | Atualizado em: 20/03/2024 às 20:35
A jovem pescadora Lilian Gonçalves, de 22 anos, do município de Maraã, no Amazonas, foi uma das sete ganhadoras da 1ª edição do prêmio Mulheres das Águas, entregue pelo presidente Lula da Silva (PT) em cerimônia nesta terça-feira (20), no hotel Royal Tulip, em Brasília.
A premiação reconhece e homenageia mulheres que se destacaram em ações e trabalhos nas áreas de pesca e aquicultura, promovendo sustentabilidade, justiça social, respeito aos territórios e dignidade humana.
Foram recebidas 149 histórias inspiradoras de protagonistas do setor em 23 estados, além do Distrito Federal.
Vocês representam mulheres marisqueiras, indígenas, quilombolas, caiçaras, ribeirinhas, pantaneiras. Mas, também, mulheres gestoras, pesquisadoras e líderes. Empreendedoras. Mães. Mulheres que têm nas mãos, no olhar e na sabedoria os rumos de uma atividade, de uma comunidade, de uma família, disse Lula durante a solenidade.
Lilian venceu a categoria Pesca Artesanal em Águas continentais. “Em meio às águas do rio Japurá, Lilian acompanha seus familiares no manejo do pirarucu desde a infância, trabalhando na proteção da espécie na região de lagos, contra a pesca predatória do peixe que está ameaçado de extinção”, destaca a organização do evento.
Estou muito honrada de estar aqui hoje representando todas as mulheres da nossa associação, ou seja, da nossa região que são pescadoras e também todas as mulheres agricultoras e marisqueiras que estão hoje aqui presentes. Esse evento vem nos mostrar que estamos sendo valorizadas e reconhecidas pelo que fazemos, comemora a jovem.
Lilian participa das atividades de monitoramento do acordo de pesca de sua região, leciona na comunidade e faz parte da organização socioprodutiva que participa do Projeto Rural Sustentável da Amazônia.
No início, a pesca não tinha a mesma participação de mulheres que vejo hoje, eram mais homens que trabalhavam e não tinham nenhum tipo de benefício ou trabalho coletivo, era muito individual. Hoje isso vem mudando, os pensamentos das pessoas, a organização no setor e a busca por mais reconhecimento, valorização e proteção dos nossos territórios e recursos naturais, disse.
A jovem afirma que o prêmio surge para encorajar outras mulheres no setor e para reconhecer e valorizar o trabalho das que já estão inseridas. “Hoje a mulher ocupa o espaço que ela quiser”.
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Foto: ricardo Stuckert/PR