Juiz cancela pesquisa em P. Figueiredo e multa empresa Primeiro Portal
Estudo que aponta oposição à prefeita na frente foi considerado irregular

Publicado em: 02/08/2024 às 11:22 | Atualizado em: 02/08/2024 às 11:22
O juiz Roger Luiz Almeida, da 51ª Zona Eleitoral, considerou irregular a pesquisa realizada pela empresa O Primeiro Portal Pesquisa de Mercado (OPP), encomendada pelo grupo de oposição à prefeita Patrícia Lopes (União Brasil) na eleição para a Prefeitura de Presidente Figueiredo.
Além de considerar a pesquisa irregular, o juiz a classificou como não registrada e com indícios de manipulação.
A sentença, nesta quinta-feira (1º), resultou em uma multa de R$ 53,2 mil à empresa responsável.
Nessa pesquisa, candidato de oposição aparece liderando a intenção de voto.Contudo, o juiz apontou que há indícios de manipulação dos dados.
Dessa forma, acatou o pedido do diretório municipal do União Brasil, que apontou inconsistências metodológicas e os potenciais impactos negativos na representatividade dos resultados.Na sentença, o juiz rejeitou as alegações de ilegitimidade ativa e carência da ação apresentadas pela defesa dos acusados, destacando que a legislação eleitoral permite a judicialização direta em casos de suspeita de fraude ou irregularidades que comprometam a integridade do pleito eleitoral.
Outro ponto levantado foi a omissão da origem dos recursos utilizados na pesquisa.Além disso, a pesquisa foi divulgada sem a complementação exigida pela norma eleitoral, como a indicação do número de eleitores entrevistados.Como resultado, o estudo do Primeiro Portal foi sentenciado como não registrado e, consequentemente, suspenso definitivamente.
E a empresa fica obrigada a apresentar em juízo o banco de dados da pesquisa.
Leia mais
Foto: