Em uma ofensiva crucial contra crimes ambientais, a Polícia Federal (PF) realizou, nesta sexta-feira (1º/10), uma operação em Lábrea, no sul do Amazonas, para desarticular uma organização criminosa envolvida em grilagem de terras públicas na Fazenda Palotina.
O grupo, que atua ilegalmente na região desde 2007, é acusado de utilizar documentos falsificados e de contar com a colaboração de servidores públicos corruptos e milícias privadas para tomar posse das terras, intimidando e expulsando moradores locais, incluindo comunidades tradicionais extrativistas de castanha.
A operação expõe o alcance devastador do crime organizado na Amazônia.
O esquema não apenas desmata áreas protegidas, mas também promove um cenário de violência e graves violações de direitos humanos.
Famílias que dependem do extrativismo sustentável têm sido forçadas a abandonar suas terras sob ameaças armadas, enquanto o grupo criminoso se fortalece com a lavagem de dinheiro e o pagamento de propinas a agentes públicos para legitimar suas ações.
O prejuízo estimado ao patrimônio público já ultrapassa R$ 68 milhões, mas os impactos socioambientais vão além dos números.
A destruição ambiental e os conflitos causados pela grilagem estão minando a segurança e a sobrevivência de comunidades inteiras, além de acelerar o desmatamento na Amazônia.
A Polícia Federal, munida de mandados de busca e apreensão e outras medidas judiciais, busca não só interromper o esquema criminoso, mas também assegurar a proteção das áreas públicas e dos direitos das populações locais.
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A operação faz parte de um esforço contínuo para frear a grilagem na Amazônia e garantir que o patrimônio da União seja preservado para as futuras gerações.
Essa ação marca mais um capítulo na batalha contra o crime ambiental, evidenciando a urgência de políticas efetivas para proteger a Amazônia e os povos que dela dependem.
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Foto: Marizilda Cruppe/Greenpeace